O ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, apontou esta sexta-feira que o Ocidente declarou guerra à Rússia. “O Ocidente declarou guerra total a nós, ao mundo russo. Ninguém esconde isso”, disse Lavrov, segundo a “Tass”.
“Os Estados Unidos e os seus satélites dobram, triplicam, quadruplicam os seus esforços para conter a Rússia, usando um instrumento muito amplo: de sanções económicas unilaterais e ainda uma propaganda profundamente enganosa no espaço dos meios de comunicação globais”, sublinhou Lavrov.
O ministro também alertou que a política ocidental de “cancelar” a Rússia continuaria por muito tempo. Lavrov falou na “cultura de cancelar a Rússia e tudo relacionado ao país que chegou a um ponto absurdo”. “Proibições foram impostas a clássicos como Tchaikovsky, Dostoyevsky, Tolstoy e Pushkin. A perseguição está em andamento contra a cultura russa e os trabalhadores de arte. Em geral, pode-se ter a certeza de que esta situação vai durar”, assegurou.
“Devemos perceber que expôs a verdadeira atitude do Ocidente em relação aos belos slogans que foram apresentados há 30 anos após o fim da Guerra Fria, os apelos pelos valores humanitários universais, pela construção de um lar europeu comum do Atlântico ao Pacífico Agora podemos ver o real valor dessas belas palavras”, disse Lavrov.
O ministro enfatizou que a Rússia certamente não concordaria em tolerar o ‘cancelamento’ da Rússia. “Nesta situação, há uma grande procura por uma discussão concreta sobre como desenvolvemos a nossa cooperação, cooperação entre o nosso ministério e a sociedade civil, inclusive ao nível de regiões”, acrescentou.
Também esta sexta-feira os serviços militares ucranianos se pronunciaram sobre a guerra, que deverá durar até ao final de 2022. “Putin não vai desistir dos seus planos, esta guerra vai arrastar-se”, garantiu Vadym Skibitsky, funcionário dos serviços secretos militares ucraniano, acrescentando que o presidente russo “não confia em ninguém, não ouve ninguém. Tem os seus próprios planos para a restauração do império russo”.
“O plano é governar a Rússia até à morte e Vladimir Putin exclui um cenário que prevê um sucessor”, acrescentou.
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