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Ocidente testa tolerância à “dor” de Putin. EUA e UE perto de acordo sobre sanções económicas à Rússia

Fontes oficiais do EUA acreditam que as sanções económicas poderão ser suficientes para fazer Putin recuar nas intenções de uma invasão à Ucrânia. “A sua tolerância à dor [económica] pode ser maior do que a de outros líderes”, afirmam.
  • Reuters
26 Janeiro 2022, 13h48

Fontes oficiais dos Estados Unidos avançaram que existe uma “convergência realmente encorajadora” e crescente com a União Europeia acerca das sanções financeiras a aplicar à Rússia em caso de invasão da Ucrânia.

Um dia depois da reunião entre Joe Biden e os líderes europeus, que visou coordenar as suas posições sobre a crise, altos funcionários dos EUA revelam acreditar que a ameaça de consequências económicas devastadoras pode vir a ser capaz de dissuadir Vladimir Putin de uma invasão, segundo o “Financial Times”.

“A sua tolerância à dor [económica] pode ser maior do que a de outros líderes. Mas há um limiar de dor acima do qual pensamos que isso pode ser influenciado”, comentou um desses funcionários.

O Ocidente tem debatido as punições a impor a Moscovo em caso de ataque, com Washington a protagonizar uma maior severidade à mesa das discussões quanto a sanções economicamente mais devastadoras.

Ontem, terça-feira, um funcionário da União Europeia (UE) considerou ser necessário haver “mais trabalho nos bastidores” para “obter clareza absoluta” sobre quais poderiam ser os “gatilhos de sanções”, de acordo com a natureza e escala do ataque russo.

O alinhamento das posições acerca das medidas centrou-se “na dimensão das instituições financeiras e das empresas estatais” a visar, bem como na “severidade” e “imediatismo” das medidas, estando na equação o Sberbank, VTB, Gazprombank e o Fundo de Investimento Directo Russo.

As declarações surgem na sequência da decisão dos Estados Unidos de mobilizar cerca de 8.500 militares em alerta máximo, prontos para serem mobilizados pela NATO, se necessário, face ao aumento de receios de uma invasão da Ucrânia pela Rússia, revelou o Pentágono.

Segundo o porta-voz do Pentágono, John Kirby, ainda não foi tomada nenhuma decisão final sobre mobilização de tropas, mas a ordem do chefe do Pentágono, Lloyd Austin, procura garantir que os Estados Unidos estão prontos para dar uma resposta, caso a NATO decida enviar a sua força de reação rápida para a região.

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