[weglot_switcher]

Odebrecht vende quota em mina de diamantes de Angola

Grupo empresarial brasileiro vai encaixar cerca de 115 milhões de euros com a venda da participação de 16,4% na Sociedade Mineira de Catoca, que explora no leste de Angola a quarta maior mina de diamantes a céu aberto do mundo.
16 Janeiro 2018, 14h48

O grupo empresarial Odebrecht, envolvido no escândalo de corrupção “Lava Jato” no Brasil, acertou a venda da participação de 16,4% na Sociedade Mineira de Catoca que explora a quarta maior mina de diamantes a céu aberto do mundo, no leste de Angola.

A informação foi confirmada hoje à agência Lusa, em Luanda, por fonte da Empresa Nacional de Prospeção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola (Endiama), concessionária nacional para o setor diamantífero angolano e que detém uma quota de 32,8% na mesma sociedade.

De acordo com a mesma fonte, a compra da quota da Odebrecht será feita pela Sociedade Mineira de Catoca, pelo que os 16,4% podem depois vir a ser distribuídos, em proporção não revelada, pelos restantes acionistas, que incluem ainda – além da Endiama – os russos da Alrosa (32,8%) e os chineses da LLI (18%). Oficialmente, ainda nenhuma das empresas acionistas da Sociedade Mineira de Catoca se pronunciou sobre este negócio.

A mina de Catoca está avaliada em mais de 1,8 mil milhões de dólares (1.520 milhões de euros), pelo que a quota da Odebrecht pode valer mais de 250 milhões de euros, valores que a fonte da Endiama contactada pela Lusa não comenta.

Em operação desde 1997, a Sociedade Mineira de Catoca assegura a prospeção, extração e comercialização dos diamantes da mina com o mesmo nome, na província da Lunda Sul, no leste de Angola, responsável por 75% da produção diamantífera anual angolana.

Alguma imprensa brasileira reconhece a necessidade de a Odebrecht encaixar, com a venda de vários ativos em todo o mundo, cerca de 3,8 mil milhões de dólares (3.200 milhões de euros), para fazer face aos custos com o processo judicial “Lava Jato”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.