[weglot_switcher]

OE2022: Deputados do PSD-Madeira contrariam partido e abstêm-se de voto

Os deputados do PSD/Madeira justificaram hoje a sua abstenção na votação do Orçamento de Estado de 2022, aprovado hoje pela maioria parlamentar, por esperarem “boas concretizações” dos assuntos pendentes com a República e um melhor relacionamento institucional.
27 Maio 2022, 14h44

Os deputados da Assembleia da República aprovaram hoje na votação final global o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), com os votos a favor do PS, e votos contra do PCP, Bloco de Esquerda, Chega, Iniciativa Liberal e PSD e abstenções do Livre e do PAN. Oos três deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral da Madeira contrariaram a bancada e também se abstiveram.

Os deputados do PSD/Madeira justificaram hoje a sua abstenção na votação do Orçamento de Estado de 2022 por esperarem “boas concretizações” dos assuntos pendentes com a República e um melhor relacionamento institucional.

“A razão maior que nos leva a assumir este sentido de voto, para além da abertura registada, prende-se com o interesse superior da região e do país e pelo facto de termos já garantias de boas concretizações no que respeita a dossiês fundamentais para o futuro da Madeira, como é o caso da Zona Franca”, disse o deputado social-democrata madeirense Sérgio Marques à agência Lusa.

Na mesma linha, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou hoje que o relacionamento institucional com o Governo da República entrou num “novo ciclo”, considerando haver “toda a disponibilidade” por parte de António Costa para resolver as questões pendentes com a região autónoma.

Questionado pelos jornalistas sobre este voto contrário dos deputados Sérgio Marques, Sara Costa e Cláudia Dantas à restante bancada laranja, o líder parlamentar do PSD na Assembleia da República, Paulo Mota Pinto, disse ter sido avisado desse sentido de voto “um pouco antes” do resultado final, mas que “não esperava, sinceramente.”

O parlamentar afirmou que irá limitar-se a cumprir os seus “deveres funcionais”, isto é, “comunicar aos órgãos do PSD, designadamente ao órgão jurisdicional, embora eu pense que provavelmente já só será decidido pelos órgãos eleitos pelo próximo Congresso”, afirmou.

Mota Pinto não quis comentar sobre o facto de o líder do PSD-Madeira, Miguel Albuquerque, ser mandatário de um dos candidatos à liderança, Luís Montenegro, poder ter influenciado esta decisão dos deputados da Madeira, dizendo apenas que quer manter a neutralidade na campanha interna do PSD.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.