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Oferta de petróleo não muda com mais limites de preço, diz Agência Internacional de Energia

“Por enquanto não vejo razão para fazer uma mudança na nossa análise”, disse o diretor executivo da IEA, sobre o facto de o G7 ter revelado este fim de semana que iria manter os limites aos preços do petróleo e dos produtos petrolíferos russos e reforçar o combate à evasão desses limites, evitando efeitos de derrame.
21 Maio 2023, 11h24

A Agência Internacional de Energia (IEA – International Energy Agency) não antecipa que as medidas anunciadas pelo G7 para combater a evasão dos limites de preço da energia russa mudem o cenário de oferta de petróleo bruto e derivados.

“Qualquer mudança significativa nos mercados, como sempre, vamos refletir nas nossas análises, nos nossos relatórios, mas por enquanto não vejo razão para fazer uma mudança na nossa análise”, afirmou o diretor executivo da IEA, Fatih Birol, em entrevista à Reuters à margem da cimeira do G7, que decorre em Hiroshima, no Japão.

O número um da agência com sede em Paris – que disponibiliza análises e contribuições de informação para o G7 sobre energia – não prevê que o reforço da aplicação dos limites de preço vá impactar o fornecimento global de petróleo e combustíveis, de acordo com as declarações divulgadas este domingo pela agência noticiosa.

Segundo Fatih Birol, o teto de preço atingiu dois objetivos principais: não provocou pressão nos mercados, já que o petróleo russo continuou a fluir, mas ao mesmo tempo reduziu as receitas de Moscovo. “A Rússia jogou a cartada da energia e falhou”, atirou. Ainda assim, o diretor da agência ligada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico considera que existem algumas brechas, “alguns desafios para o melhor funcionamento do teto do preço do petróleo”.

O grupo das sete maiores economias do mundo avançou este fim de semana que os esforços destes países – Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – na luta relacionada com os preços da matéria-prima serão reforçados. “Continuamos comprometidos em manter os limites aos preços do petróleo e dos produtos petrolíferos russos e intensificaremos os nossos esforços para combater a evasão desses limites, evitando efeitos de derrame e mantendo o fornecimento global de energia”, lê-se na mensagem divulgada pelo G7.

O G7, a União Europeia e a Austrália concordaram em impor um teto de preço de 60 dólares por barril para o petróleo bruto transportado por via marítima da Rússia e estabelecer um limite máximo de preço para os produtos petrolíferos russos. O intuito foi privar Moscovo de obter receitas da invasão da Ucrânia.

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