A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da Raize termina esta quinta-feira, uma semana antes da fintech portuguesa entrar em bolsa. A oferta é de 15% do capital, a um preço fixo de dois euros por cada uma das 750.000 ações, o que avalia a empresa em 10 milhões de euros. A elevada procura levou à necessidade de se proceder ao rateio das ofertas forma proporcional.
Na passada sexta-feira, a fintech informou que a oferta já se encontrava totalmente subscrita em 209%, ou seja, a procura superou a oferta em mais do dobro. “Este valor reflete o elevado interesse dos investidores e confirma a necessidade de rateio no final da operação. A procura evoluiu de forma consistente ao longo das últimas três semanas e sempre de forma crescente”, afirmou fonte oficial da Raize.
O apuramento dos resultados terá lugar esta sexta-feira e a liquidação das ações irá acontecer a 17 de julho. No dia seguinte, a sociedade gestora da maior bolsa nacional de empréstimos a pequenas e médias empresas (PME) será admitida à negociação no mercado Euronext Access. Após a entrada em bolsa, a Raize vai disponibilizar ações representativas de mais 10% do capital durante um período de seis meses.
Ao entrar em bolsa, a Raize vai por fim a período de um ano e meio em que os únicos movimentos do mercado acionista português foram de saída. A operação de colocação pública é especialmente importante dado que poderia ter escolhido uma operação privada, como aconteceu na última entrada em bolsa.
Em dezembro de 2016, a Patris Investimentos foi admitida à negociação no mercado Alternext, após três aumentos de capital através de colocações privadas. Antes da Raize, a última Oferta Pública Inicial (IPO) tinha sido em fevereiro de 2014, da Espírito Santo Saúde.
No início da operação, o CEO da Euronext Paulo Rodrigues da Silva disse, ao Jornal Económico, ver com bons olhos a operação apesar de ser muito pequena no panorama nacional.
“A entrada da Raize em bolsa é obviamente uma boa notícia, mas não entremos em entusiasmos excessivos”, diz Rodrigues da Silva. “É uma operação muito pequena, estamos a falar de uma valorização de 10 milhões de euros e do Euronext Access, que é um mercado não regulamentado, portanto vamos encarar isto com realismo. Não é nenhuma mudança estrutural no mercado de capitais em Portugal”.
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