A operadora de telecomunicações Oi, que tinha saído em dezembro de um Plano de Recuperação Judicial, parece estar a caminho de outro. Em comunicado ao mercado a empresa em que a Pharol é acionista, revela que entrou com pedido de proteção contra credores, o que é tido como movimento preparatório para um novo processo de recuperação judicial (equivalente a um PER em Portugal). As ações da Oi na bolsa brasileira estão a cair 20,08%.
A empresa de telecomunicações onde a Pharol chegou a ser a maior acionista e agora já tem menos de 4%, argumenta que tentou chegar a um acordo para refinanciar sua dívida, mas que até agora não obteve sucesso.
O comunicado diz que a Oi “vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral que a Companhia e suas subsidiárias Portugal Telecom International Finance B.V. e Oi Brasil Holdings Coöperatief U.A. requereram ao Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, no contexto das discussões e tratativas
com credores da Oi envolvendo uma potencial renegociação de certas dívidas da Companhia, o pedido de tutela de urgência cautelar, em segredo de justiça, como é praxe em pedidos como este, para suspensão da exigibilidade de certas obrigações assumidas pela Companhia, visando a proteção do seu caixa, e, consequentemente, a continuidade das negociações com os seus credores de forma equilibrada e transparente”.
A empresa diz que “aguarda manifestação do juízo supracitado e manterá os seus acionistas e o mercado informados a respeito da decisão do Juízo e dos desdobramentos pertinentes relacionados ao tema”.
A operadora pediu nesta quarta-feira uma protecção contra credores com os quais soma dívidas de cerca de 29 mil milhões de reais (5,3 mil milhões de euros), incluindo bancos e detentores de títulos de dívida. O pedido foi interposto na 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A medida pode ser um passo antes de um novo processo de recuperação judicial da companhia, e vem após a Oi sair de um processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado.
A Oi informou que não consegue pagar 600 milhões de reais que são devidos aos detentores de títulos no próximo de 5 de fevereiro, o que desencadearia o vencimento de quase todas as dívidas financeiras da companhia.
A Oi avisou que sem a intervenção judicial vai entrar em default.