[weglot_switcher]

Oi quer vender posição na Unitel de Isabel dos Santos

A Oi, que se encontra em processo de recuperação económica, prevê alienar a posição de 25% na Unitel, incluindo um processo de arbitragem, no quarto trimestre deste ano.
16 Julho 2019, 19h17

A companhia brasileira de telecomunicações Oi, de que a Pharol é acionista, pretende vender a sua aposição acionista em 25% na Unitel, empresa angolana que opera no mesmo setor, criada pela empresária Isabel dos Santos.

Esta é uma decisão constante do novo plano estratégico da Oi, hoje divulgado ao mercado brasileiro e português.

A Oi, que se encontra em processo de recuperação económica, prevê alienar a posição na Unitel, incluindo um processo de arbitragem, no quarto trimestre deste ano.

Esta é uma das peças do plano estratégico da Oi. Só no que respeita a alienações de ativos ‘não core’, a Oi pretende encaixar entre 1,5 e 1,776 mil milhões de euros.

Entre os ativos não estratégicos que a Oi pretende vender contam-se as torres de telecomunicações (quarto trimestre de 2019), o ‘data center’ (primeiro semestre de 2020), ativos imobiliários (primeiro trimestre de 2021) e outros bens considerados não essenciais para a prossecução da atividade da empresa.

Constam ainda do novo plano estratégico da Oi o objetivo de aumentar a receita líquida em 2% ao ano (CAGR – Taxa Composta Anual de Crescimento) no período entre 2019 e 2024, elevar o EBITDA recorrente para um montante entre cerca de 1.065 milhões de euros e cerca de 1.184 milhões já neste exercício de 2019, e projetar um aumento desse mesmo indicador com um CAGR de 20% no período entre 2019 e 2021.

O plano estratégico da Oi assume ainda que a empresa já é a “líder indiscutível” do mercado de fibra óptica e de infraestruturas associadas no Brasil, com um total de 363 mil quilómetros de rede instalada, duas vezes maior do que a do segundo ‘player’ no mercado brasileiro, o que é considerado como “um ponto de partida privilegiado” para atingir o “coração da estratégia” da Oi nos anos futuros, que é colocar a empresa na dianteira da viabilização do 5G no Brasil.

Outras diretrizes do plano estratégico da Oi passam pelo aproveitamento de oportunidades de valor para maximizar oportunidades estratégicas, com um esperado aumento de receitas deste segmento em 2019, além da redução dos custos líquidos da empresa.

Recorde-se que a Oi é participada pela Pharol, em cerca de 4,6% do respetivo capital desde janeiro passado, sendo intenção da empresa portuguesa, terceira maior acionista da Oi, de subir essa participação para cerca de 5,5%.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.