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Oi regista prejuízo superior a mil milhões de euros no primeiro trimestre

A Oi justifica o prejuízo “pelo impacto negativo da forte depreciação cambial do primeiro trimestre de 2020, reflexo dos efeitos do avanço da Covid-19, que ganhou escala global no período”.
16 Junho 2020, 11h05

A brasileira Oi registou um prejuízo de 6.254 milhões de reais (1.070 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2020, o que compara com um lucro de 679 milhões de reais (116,1 milhões de euros) registado no período homólogo, de acordo com as contas trimestrais da empresa de telecomunicações, divulgadas esta terça-feira, 16 de junho. A portuguesa Pharol detém 5,51% da Oi através da Bratel.

O prejuízo é explicado pela telecom pelo aumento da despesa, tendo em conta a desvalorização da moeda brasileira, o real, face ao dólar. A depreciação decorreu dos efeitos económicos da pandemia da Covid-19 à escala global.

“O aumento das despesas financeiras é explicado, principalmente, pelo impacto negativo da forte depreciação cambial do primeiro trimestre de 2020, reflexo dos efeitos do avanço da Covid-19, que ganhou escala global no período”, lê-se no comunicado das contas da Oi.

O real depreciou 29% face à divisa norte-americana entre janeiro e março de 2020, uma desvalorização agravada quando comparada com a valorização de 3,2% da moeda brasileira no trimestre anterior.

As receitas da operadora de telecomunicações registaram uma quebra homóloga de 3,4%, para 4.749 milhões de euros (924 milhões de euros).

Já os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) de rotina caíram 8,3%, para 1.481 milhões de reais (253,5 milhões de euros). O EBITDA consolidado de rotina ascendeu aos 1.533 milhões de reais (262,4 milhões de euros), o que representa um crescimento de 8,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2019.

Ainda sobre o EBITDA, incluindo “itens não rotina”, a Oi observou o encaixe  367 milhões de reais (62,8 milhões de euros), pelo ganhos “com venda de imóveis no valor de 85 milhões de reais [14,5 milhões de euros)” e pelos “ganhos resultantes da venda [de 25%] da PT Ventures no valor de 282 milhões de reais [48,2 milhões de euros]” à Sonangol.

O investimento realizado pela Oi até março cresceu 4%, para 1.794 milhões de euros (307,2 milhões de euros).

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