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OMS diz que surtos do vírus ‘Monkeypox’ podem ser contidos

Os surtos do ‘Monkeypox’ podem ser controlados, avisou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS). “Esta é uma situação controlável”, assegurou a líder de doenças emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, segundo a “BBC”. Van Kerkhove explicou que a OMS pretende “parar a transmissão de humano para humano”. “Podemos fazer isso nos países não endémicos”, […]
24 Maio 2022, 09h26

Os surtos do ‘Monkeypox’ podem ser controlados, avisou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS). “Esta é uma situação controlável”, assegurou a líder de doenças emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove, segundo a “BBC”.

Van Kerkhove explicou que a OMS pretende “parar a transmissão de humano para humano”. “Podemos fazer isso nos países não endémicos”, acrescentou – referindo-se aos casos recentes na Europa e na América do Norte.

Até ao momento, o vírus já foi detetado em 16 países fora da África. Mais de 100 casos do vírus, que provoca erupção cutânea e febre, foram confirmados na Europa, EUA e na Austrália.

Apesar de ser o maior surto fora da África em 50 anos, a varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas e especialistas dizem que a ameaça não é comparável à pandemia de coronavírus.

“A transmissão acontece a partir do contato pele a pele, a maioria das pessoas que foram identificadas têm uma doença mais leve”, referiu Van Kerkhove.

Por sua vez, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA alertou homens gays e bissexuais de que a varíola dos macacos parece estar a espalhar-se pela comunidade, segundo a “CNBC”, apesar de não ser exclusiva.

John Brooks, um especialista do CDC, garantiu que qualquer pessoa pode contrair o ‘Monkeypox’ através de contato pessoal próximo, independentemente da orientação sexual. No entanto, Brooks admitiu que muitas das pessoas afetadas globalmente até agora são homens que se identificam como gays ou bissexuais.

O especialista acrescenta ainda que embora alguns grupos tenham maior probabilidade de exposição à varíola no momento, o risco não se limita apenas à comunidade gay e bissexual.

“Queremos ajudar as pessoas a tomar as decisões mais bem informadas para proteger sua saúde e a saúde de sua comunidade da varíola dos macacos”, apontou Brooks.

O primeiro caso de ‘Monkeypox’ em solo europeu foi registado no Reino Unido, quando a 7 de maio a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada de um caso confirmado do vírus de um britânico que tinha viajado para a Nigéria.

Pouco depois, a 18 de maio, surgiram os primeiros casos em Portugal, o primeiro país a sequenciar genoma do vírus ‘Monkeypox’. Os últimos dados da Direção Geral de Saúde (DGS) davam conta de 37 casos confirmados da varíola dos macacos nas regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.

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