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ONU: 2016 foi o ano mais mortífero no Mediterrâneo

Neste ano registou-se uma morte por cada 88 pessoas que chegaram às praias da Europa. Nações Unidas voltam a apelar às autoridades para a necessidade de desencorajar as travessias perigosas.
25 Outubro 2016, 15h25

As Nações Unidas antecipam que 2016 ficará conhecido como o ano mais mortífero no mar Mediterrâneo, com o triplo de migrantes que morreram durante a travessia.

De acordo com dados do Alto-comissariado da ONU para os refugiados (ACNUR), pelo menos 3 740 refugiados morreram este ano ao tentarem atravessar as águas do Mediterrâneo, mais 565 vítimas do que em igual período do ano passado.

Em 2015, por cada 269 pessoas que chegaram à Europa uma delas morreu durante a travessia. Segundo a ONU, este ano registou-se um morto por cada 88 pessoas que chegaram à Europa, fazendo deste o ano mais mortífero desde que há registos.

Contrariamente ao que se fazia prever, este ano registou-se uma forte descida do número de migrantes que atravessam o mar. A ONU revela que até agora 327 800 pessoas atravessaram o Mediterrâneo, contra as 1 015 078 registadas durante o ano passado.

A rota Líbia-Itália é apontada como a mais perigosa das travessias (e a mais longa), contribuindo com o maior número de mortes. Apesar do perigo que representa, mais de metade das tentativas de entrar na Europa foram feitas por esta rota, em embarcações precárias e com excesso de peso. Uma em cada 47 pessoas morreram durante esta travessia.

Para desencorajar as travessias perigosas, as Nações Unidas voltam a apelar às autoridades para que permitam formas de emigrar legalmente para a Europa.

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