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ONU precisa de 2,41 mil milhões atacar crise humanitária no Iémen. Arábia Saudita e EAU doam 756 milhões

As Nações Unidas e os governos da Suécia e Suíça promovem dia 3 de abril em Genebra, Suíça, uma conferência de doadores para angariar fundos que permitam enfrentar a crise humanitária no Iémen.
30 Março 2018, 14h58

Em vésperas da conferência humanitária sobre o Iémen, a Arábia Saudita, líder da coligação que há três anos intervém militarmente neste país da Península Arábica, e os Emirados Árabes Unidos, que também a integram, doaram à Organização das Nações Unidas 930 milhões de dólares (756 milhões de euros) para o Fundo Humanitário do Iémen.

“Gostaria de aproveitar esta ocasião para pedir que todos os demais doadores que se reunirão em Genebra tenham a mesma generosidade”, apelou António Guterres, secretário-geral da ONU, na sede da instituição em Nova Iorque, após a reunião com o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman Al Saud, que também é ministro da Defesa da Arábia Saudita.

O gabinete de António Guterres releva o facto de o montante cobrir praticamente um terço dos 2,96 mil milhões de dólares (2,41 mil milhões de euros) necessários para implementar o Plano de Resposta Humanitária para o Iémen em 2018, que permitirá às Nações Unidas e seus parceiros ajudar a aliviar o sofrimento das populações num país destruído pela guerra.

Mais de 22 milhões de pessoas no Iémen precisam de ajuda humanitária ou proteção, incluindo dois milhões que estão deslocados internamente devido ao conflito que lavra entre o governo e as forças oponentes.

Em 26 de março de 2015, uma coligação de países liderada pela Arábia Saudita interveio militarmente no Iémen a pedido do presidente Abd Rabbuh Mansour Hadi para garantir o retorno do governo a Sanaa, que havia sido controlado por milícias Houthi e unidades das forças armadas quando o conflito começou em 2014.

Três anos depois, os confrontos são crescentes e a crise humanitária dilacera um país que já era um dos mais pobres da região. No domingo, dia 25, a Arábia Saudita disse ter intercetado sete mísseis que foram lançados contra o seu território por rebeldes hutis a partir do Iémen.

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