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ONU: “O tempo está a acabar em Alepo”, alerta emissário

O enviado das Nações Unidas à Síria apela à comunidade internacional a tomar medidas para pôr fim ao conflito com mais de cinco anos que abala o território sírio.
20 Novembro 2016, 17h03

Depois das reuniões das Nações Unidas em Damasco, o emissário da ONU à Síria, Staffan de Mistura avisa que na zona oriental de Alepo, sujeita a constantes bombardeamentos por parte do regime de Bashar al-Assad, “o tempo está a acabar”.

Segundo Staffan de Mistura, a ação militar síria, apoiada pela Rússia, não tem dado tréguas na persecução de ataques em áreas controladas pelas milícias rebeles e al-Assad terá rejeitado qualquer acordo com a oposição ao seu regime.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Walid Mouallem, com quem o emissário das Nações Unidas esteve reunido, nega taxativamente a possibilidade de uma administração autónoma por parte dos rebeldes sobre os bairros que controlam em Apelo e questiona: “Como é possível que a ONU venha para recompensar os terroristas?”.

O emissário da ONU expressa a “indignação internacional” face a estes ataques, que têm atingido centenas de civis inocentes. Este domingo, pelo menos sete crianças morreram depois de vários ataques armados em zonas de Alepo controladas pelo regime sírio.

Os bombardeamentos sírios que visaram hospitais em bairros tomados pelos rebeldes em Alepo, foram considerados como “atrozes”, este sábado pela conselheira norte-americana para a Segurança Nacional, Susan Rice, que condenou a ação militar de Damasco e Moscovo.

“Os Estados Unidos condenam fortemente os ataques terríveis contra instalações médicas e colaboradores de agências humanitárias. Não há desculpa para estes atos atrozes”, declarou Rice, citada pela agência France Presse.

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