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OPA à Media Capital: Cofina reclama 10 milhões de euros da caução mas admite renegociar com a Prisa

A compra da Media Capital por parte da Cofina iria fazer-se por um valor de 123 milhões de euros mas a operação caiu uma vez que a Cofina não conseguiu concretizar o aumento de capital. Desta forma, a Cofina perdeu a caução de 10 milhões de euros que já havia avançado neste negócio. No entanto, a Cofina poderá estar a entreabrir uma porta para voltar a negociar a compra da Media Capital à Prisa.
13 Março 2020, 18h50

A Cofina revelou esta sexta-feira que “não são devidos os 10 milhões de euros” à Prisa no âmbito do insucesso da OPA à Media Capital, em comunicado divulgado pela CMVM. No entanto, na mesma comunicação ao regulador dos mercados, o grupo de comunicação social liderado por Paulo Fernandes abre a porta para novas negociações do Grupo Prisa, sabe o Jornal Económico.

A compra da Media Capital por parte da Cofina iria fazer-se por um valor de 123 milhões de euros mas a operação caiu uma vez que a Cofina não conseguiu concretizar o aumento de capital. Desta forma, a Cofina perdeu a caução de 10 milhões de euros que já havia avançado neste negócio.

No entender da Cofina, o contrato “não caducou por insucesso do aumento de capital da Cofina, cujo prospeto foi objeto de divulgação no passado dia 17 de fevereiro, razão pela qual não são devidos os 10 milhões de euros”

A Cofina revela ainda que enviou à Prisa, esta quinta-feira, “uma notificação de resolução do contrato (com fundamentos que serão ainda divulgados), condicionada a que, no prazo de sete dias, a Cofina e a Prisa não venham a acordar numa modificação do contrato de forma a restabelecer um equilíbrio das prestações recíprocas conforme os princípios da boa fé”. Desta forma, a Cofina poderá estar a entreabrir uma porta para voltar a negociar a compra da Media Capital à Prisa.

A reação surge na sequência da reação da Prisa, no dia anterior, a propósito do insucesso desta operação. Assim, a Prisa adiantou que vai acionar medidas contra a Cofina por violação do contrato de compra e venda da dona da TVI ao cancelar o aumento de capital previsto “sem aviso prévio”.

“A Cofina, sem aviso prévio à Prisa, renunciou voluntariamente a continuar com o aumento de capital aprovado pelos acionistas da Cofina a 29 de janeiro de 2020, o que implica uma violação do contrato de compra de ações datado de 20 de setembro e alterado a 23 de dezembro de 2019”, explica a empresa fundada por Jesús de Polanco, em comunicado enviado pela Media Capital à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O grupo de comunicação social espanhol garante que “iniciará, a partir desta data, todas as ações contra a Cofina disponíveis de acordo com o contrato de compra e venda”.” Sem prejuízo do exposto, a Prisa continuará com o seu caminho focado nos seus ativos estratégicos em educação e media e, ao mesmo tempo, manterá uma política ativa de desinvestimento de seus ativos não essenciais”, explica a empresa, na nota tornada pública pela CMVM.

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