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Operação Babel. CEO do grupo Fortera demite-se mas empresa revela “surpresa” pelas acusações (com áudio)

Elad Dror “irá resignar ao cargo com efeitos imediatos de forma voluntária, tal como declarado anteriormente diante do juiz aquando da sua audição, permitindo assim que a empresa possa continuar a sua atividade sem quaisquer interferências do e no processo em curso, que estimamos que termine sem mais acusações”. 
24 Maio 2023, 11h21

O grupo Fortera, que viu o seu nome envolvido na Operação Babel, indica que as “alegações e acusações” surgiram de “surpresa”. Ainda assim, o CEO do grupo vai resignar ao cargo de forma imediata e será anunciado um novo diretor-geral no decorrer da próxima semana.

Elad Dror “irá resignar ao cargo com efeitos imediatos de forma voluntária, tal como declarado anteriormente diante do juiz aquando da sua audição, permitindo assim que a empresa possa continuar a sua atividade sem quaisquer interferências do e no processo em curso, que estimamos que termine sem mais acusações”.

De relembrar que o fundador do grupo foi um dos detidos no âmbito da Operação Babel, que abrange também as Câmaras do Porto e Gaia.

Em comunicado, o grupo de desenvolvimento e gestão imobiliária indica que a empresa “sempre pautou a sua atividade sustentada em valores como a transparência e a integridade, servindo até como modelo para outros seguirem”.

Como tal, o grupo nota que acredita “firmemente que as alegações se revelarão infundadas, pois nunca houve qualquer envolvimento do Grupo Fortera em quaisquer ações que pusessem em causa os seus investimentos no país”.

Na comunicação à imprensa, o grupo imobiliário acrescenta que “o projeto Skyline e o Centro de Congressos em Vila Nova de Gaia foram iniciados e apoiados pela Câmara Municipal de Gaia, tendo-o declarado como um empreendimento emblemático para a cidade, demonstrando assim o empenho em prestar assistência proporcional ao elevado investimento exigível para a sua execução”.

Respondendo às acusações, o grupo evidencia que o envolvimento no projeto Skyline “deriva de um convite a si endereçado para construir um Centro de Congressos com capacidade para 2.500 pessoas”. Em troca, escreve, “foi concedida a capacidade de construção e respetivas isenções fiscais, sujeitas à aprovação pela Assembleia Municipal e sujeitas à discussão pública, tal como previsto na lei”.

O grupo liderado por Elad Dror adianta que os projetos desenvolvidos nos últimos oito anos criaram “um impacto positivo em Portugal, particularmente na região Norte e em Vila Nova de Gaia, onde captamos investimento significativo, beneficiando a economia local e criando centenas de postos de trabalho”.

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