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Operação Marquês: CGD pagava luxos de José Sócrates

O socialista gozava de uma relação de grande proximidade com a sua gestora de conta, Teresa Veríssimo, que lhe transferia verbas a “qualquer hora”.
24 Outubro 2017, 11h45

O despacho de acusação do antigo primeiro-ministro José Sócrates, no âmbito da Operação Marquês, dá conta de que a Caixa-Geral de Depósitos (CGD) resolveu várias vezes os problemas financeiros do antigo chefe do Executivo socialista. O ex-primeiro-ministro gozava de uma relação de grande proximidade com a sua gestora de conta, Teresa Veríssimo, que lhe transferia verbas a “qualquer hora”, avança o jornal ‘Correio da Manhã’.

O jornal descreve José Sócrates como “um consumidor compulsivo, que gastava o que tinha e o que não tinha”. Um dos casos relatados nas escutas do processo mostra que o cartão do ex-primeiro-ministro foi recusado num restaurante. Imediatamente, o socialista terá ligado para a sua gestora de conta a explicar que não sabia o que tinha acontecido e que estava convencido de que tinha dinheiro para pagar a refeição.

Teresa Veríssimo ter-lhe-á lembrado que havia comprado um casaco Prada de 4.100 euros para o filho e um de mais de dois mil euros para si e gasto os restantes 10 mil euros em hotéis de luxo e restaurantes. “Faço já um reforço, pago-lhe o extrato que vence dia 30 e fica com tudo ok, tá bem?”, sugeriu a gestora de conta da CGD.

Apesar das dificuldades financeiras pelas quais passou, José Sócrates nunca abdicou do luxo. O sucedido terá acontecido mais vezes e o ex-líder socialista terá contado sempre com o “apoio incansável” de Teresa Veríssimo, indica o ‘Correio da Manhã’.

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