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Operação Marquês: Ricardo Salgado e Armando Vara começam a ser julgados em junho

O antigo presidente do Banco Espírito Santo, que estava acusado de 31 crimes, vai a julgamento por três crimes relacionados com abuso de confiança. Armando Vara será julgado pelo crime de branqueamento de capitais.
10 Maio 2021, 17h23

Já estão marcadas as primeiras quatro sessões em tribunal do julgamento Operação Marquês, que deverão decorrer a 7, 8, 14 e 15 de junho, avança, esta segunda-feira, a “Sic Notícias“. Ricardo Salgado será um dos arguidos que irá ser julgado na primeira sessão por três crimes relacionados com abuso de confiança.

O antigo presidente do Banco Espírito Santo estava acusado de 31 crimes, que incluíam dois de corrupção ativa e um de corrupção de títular de cargo político, mas 9 de abril, durante a leitura do instrutório da Operação Marquês, no Campus da Justiça, o juiz Ivo Rosa concluiu que esses 29 crimes não iriam a julgamento.

Por sua vez, Armando Vara, ex-ministro e ex administrador da Caixa Geral de Depósitos, acusado de cinco crimes (um de corrupção passiva de titular de cargo político, dois de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada), irá a julgamento pelo crime de branqueamento de capitais a 9 de junho.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates é o principal arguido deste mega processo que somava 28 arguidos, entre os quais 19 pessoas singulares e nove pessoas coletivas, responsáveis por 188 crimes. No entanto, apenas cinco pessoas, que incluem ainda Carlos Santos Silva e João Perna, serão levados a julgamento.

Sócrates não será acusado por nenhum dos crimes de corrupção passiva de que estava acusado pelo Ministério Público, estando apenas previsto o julgamento por três crimes de branqueamento de capitais e três crimes de falsificação de documentos.

A defesa de José Sócrates já pediu a nulidade da pronúncia, alegando que os seis crimes imputados ao ex-primeiro-ministro “são outros, novos, diferentes, opostos e contraditórios” relativamente aos factos da acusação.

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