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Operação Rota do Cabo. Medidas de coação já são conhecidas

Os detidos foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para primeiro interrogatório judicial, no dia 16 de outubro.
18 Outubro 2019, 15h17

Na sequência de dezenas de pessoas terem sido detidas pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da Operação Rota do Cabo, que procura desmantelar uma alegada rede criminosa de auxílio à imigração ilegal, como medida de coação um advogado ficou em prisão preventiva enquanto os restantes arguidos saíram em liberdade, avançou a SIC Notícias esta sexta-feira, 18 de outubro.

Em causa está a existência de uma alegada rede criminosa de auxílio à imigração ilegal que teria a colaboração de funcionários da Autoridade Tributária, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e do Instituto da Segurança Social.

Em 15 de outubro, em comunicado, a PJ revelou ter realizado dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias e a detenção de dezenas de pessoas suspeitas de integrarem esta estrutura criminosa.

A estrutura criminosa era “constituída por indivíduos com vastos antecedentes criminais e com ligações a redes internacionais que determinam e controlam os fluxos migratórios irregulares com origem em diversos países da Ásia Meridional e África”.

Os detidos, com idades compreendidas entre os 28 e os 64 anos, são suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, de casamento por conveniência, de falsificação de documentos, de abuso de poder, de corrupção ativa e passiva, de branqueamento, de falsidade informática e acesso indevido, atividade criminosa que permitiu obter elevados proventos financeiros.

A operação foi realizada pela PJ, através da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT), no âmbito de inquérito titulado pela 4.ª Secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Durante a operação foi dado cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de detenção com o objetivo de “desmantelamento de uma organização criminosa responsável pela introdução ilegal em Portugal e na Europa, de milhares de imigrantes”.

Os detidos foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para primeiro interrogatório judicial, no dia 16 de outubro.

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