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“Opere-os e torne-os incapazes”. Primeiro-ministro do Paquistão sugere castração química para violadores

Imran Khan é da opinião que os culpados por violar uma mulher na semana passada deviam ser enforcados publicamente, mas a União Europeia não permite que o primeiro-ministro do Paquistão siga avante com esta sugestão
14 Setembro 2020, 20h45

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, garantiu esta segunda-feira, 14 de agosto, apoiar a execução pública ou castração química para  violadores condenados, segundo a “Reuters”.

“Opere-os e torne-os incapazes de fazer isso ”, frisou Imran Khan numa entrevista a um canal de notícias do Paquistão citado pela “Reuters”, quando foi questionado sobre a violação de uma mulher numa rodovia, na semana passada.

Imran Khan é da opinião que os culpados deviam ser enforcados publicamente, mas acrescentou que as autoridades o informaram que tal ato poderia colocar em risco o estatuto comercial preferencial concedido ao Paquistão pela União Europeia (UE). O estatuto do Sistema de Preferências Generalizadas da UE (SPG-plus), concedido ao Paquistão em 2014, faz com que o país tenha de respeitar algumas regras como as que remetem para os direitos humanos.

Os comentários de Khan ocorreram no momento em que as autoridades paquistanesas anunciaram que um dos dois principais suspeitos no caso de violação na rodovia foi preso e admitiu o crime. As autoridades paquistanesas revelaram que também tinham obtido uma correspondência de ADN. A procura pelo segundo suspeito ainda está em andamento.

A polícia recuperou amostras de ADN do local e usou dados de GPS para identificar os indivíduos que estavam no local quando o ataque ocorreu.

O ataque gerou protestos em todo o país e alguns manifestantes pedem o enforcamento público de violadores no Paquistão. Em fevereiro deste ano, foi apresentada legislação para o enforcamento público de condenados por abuso sexual e assassinato de crianças, mas a lei não foi aprovada.

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