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Oposição brasileira pede destituição de Jair Bolsonaro

Os pedidos surgem depois do presidente do Brasil ter introduzido novas mudanças ministeriais, entre estas mudou a pasta da Defesa.
1 Abril 2021, 11h12

Líderes proeminentes da oposição brasileira pediram que o presidente Jair Bolsonaro fosse imediatamente destituído do cargo devido às suas decisões sobre o ministério da Defesa.

“Não podemos ser espectadores desta barbaridade”, cita o “The Guardian”, esta quinta-feira, as declarações do deputado Marcelo Freixo, enquanto os parlamentares exigiam o impeachment de Bolsonaro.

A indignação e pedidos de destituição surgem depois de Bolsonaro ter decidido demitir o ministro da Defesa do Brasil, Gen Fernando Azevedo e Silva. No mesmo dia o Presidente do Brasil optou por uma reforma ministerial nas pastas da Justiça, Casa Civil, da Secretaria de Governo e da Advocacia-Geral da União. A decisão de Bolsonaro provocou ainda a saída dos chefes de todos os três ramos das forças armadas.

“Há aqui uma tentativa do presidente de conseguir um golpe, que já está em andamento, e é por isso que estamos a reagir”, explicou Alessandro Molon, líder da oposição na Câmara, no momento em que o pedido de destituição foi apresentado ao Congresso.

O general Azevedo e Silva foi dispensado na segunda-feira. Horas depois, na manhã de terça-feira, os chefes do Exército, da Força Aérea e da Marinha foram demitidos durante uma reunião depois de Bolsonaro ter descoberto que estavam prestes a renunciar em protesto.

A súbita e dramática rutura entre o presidente de extrema direita do Brasil e os militares que ajudaram a levá-lo ao poder, em 2018, ainda não foi totalmente explicada. Alguns especialistas suspeitam que os responsável pelas forças armadas decidiram abandonar a administração de Bolsonaro em crise, em parte pela frustração com o tratamento desastroso de uma estirpe descontrolada da Covid-19.

Jair Bolsonaro tem sido criticado pela sua gestão e desvalorização, em vários momentos, da pandemia. O seu mandato também tem ficado marcado pelas constantes mudanças nos ministérios. A 16 de março, anunciou para o cargo de ministro da Saúde do Brasil, o cardiologista Marcelo Queiroga, em substituição do general Eduardo Pazuello. Queiroga é o quatro ministro da saúde brasileiro desde a chegada da Covid-19 ao Brasil.

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