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Oppo vendeu mais de 13 mil smartphones em nove meses e deverá entrar no ‘top 5’ das vendas portuguesas em 2021

Mantendo o ritmo de crescimento e a aposta no mercado português, Francisco Jerónimo o vice-presidente para equipamentos para a região EMEA da IDC acredita que “a Oppo vai estar no top5 em 2021”. A marca só entrou em Portugal este ano e está a reunir a confiança dos canais de vendas.
27 Novembro 2020, 18h08

A Oppo está ter um acolhimento no mercado português de smartphones acima do esperado. A fabricante chinesa, que só este ano entrou em Portugal, vendeu 13.300 unidades nos primeiros nove meses do ano e a previsão é que consiga fechar 2020 com vendas a rondar as vinte mil unidades, segundo dados da IDC cedidos em primeira mão ao Jornal Económico.

A marca de smartphones teve uma entrada bastante contida no mercado nacional ao fechar o primeiro trimestre com apenas 800 unidades comercializadas. No final de junho, as vendas dispararam para as 4.500 unidades vendidas, um valor que continuou a crescer nos meses de verão. A Oppo fechou o terceiro trimestre com 8.000 smartphones vendidos.

Segundo o vice-presidente associado para dispositivos para a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) da IDC, Francisco Jerónimo, a Oppo está a ter uma aceitação “muito boa” pelo mercado, com os operadores e retalhistas “a confiarem” na fabricante. Para o quarto trimestre a previsão deste especialista é que a Oppo duplique as vendas nos últimos três meses do ano, face ao terceiro trimestre.

O analista da IDC acredita que se verificar uma duplicação das vendas no quarto trimestre, a Oppo vai “ficar muito perto do top5” em Portugal. No terceiro trimestre, a Samsung (210.889), a Huawei (162.377), a Apple (76.272), a TCL/Alcatel (74.243) e a Xiaomi (56.099), compunham o grupo das cinco marcas mais vendidas.

Mantendo o ritmo de crescimento e a aposta no mercado português, Francisco Jerónimo acredita que “a Oppo vai estar no top5 em 2021”. Atualmente, a marca é apenas a 11.ª mais vendida em Portugal, mas na Europa e no mundo é já a quinta mais vendida.

“Vamos ver a Oppo ganhar uma forte expressão. O feedback que temos dos operadores e dos retalhistas é de confiança na marca, que tem um portefólio bastante interessante, com preços [médios] atrativos. E depois o que leva a acreditar que a Oppo terá mais sucesso do que uma Xiaomi, por exemplo, é que tem uma estratégia de pés assentes na terra. Não querem vender nem expandir a todo o custo, querem antes consolidar a presença nos mercados onde entram”, argumenta.

A empresa de Dongguan, na província de Cantão, no sudeste da China, está a aproveitar o momento complexo que a congénere Huawei atravessa e a conseguir ganhar espaço. “O objetivo da marca é conquistar quota de mercado à Huawei, cujas vendas têm vindo a cair desde que as restrições à utilização de tecnologia de empresas norte-americanas foi imposta pelos Estados Unidos, em maio de 2019”, explica Francisco Jerónimo.

Na Europa, começa a ser vista pelos canais de vendas como uma alternativa à Huawei. Mas terá de superar a Xiaomi e a TCL, que também têm beneficiado do momento que a Huawei  vive para ganhar mais quota de mercado.

Para o analista da IDC, a Oppo tem condições para superar a Xiaomi e a TCL e figurar como uma séria alternativa à Huawei. Face à TCL, a Oppo chega a segmentos idênticos aos da Huawei. Em comparação com a Xiaomi, embora tenham ambas um estratégia comercial forte, a Oppo beneficia da confiança dos canais de venda. O especialista diz que a marca cantonesa tem “um produto diversificado”, mas ainda sai penalizada por não ser uma “marca forte, ainda”. A quota da Oppo ronda os 3%.

Em setembro, a Oppo revelou que quer chegar aos 10% de quota de mercado em Portugal. Será Possível? Em resposta ao Jornal Económico, fonte oficial da Oppo diz que a empresa mantém-se confiante.

“Já estamos a trabalhar com os vários operadores e retalhistas a nível local e a realizar várias campanhas de comunicação. Acreditamos que assim vamos estar mais próximos do consumidor português que é o nosso objetivo. Queremos ser uma marca de referência no mercado nacional. As metas são ambiciosas mas temos a certeza que 2021 será um bom ano, em Portugal”.

No dia 17 de novembro, a Oppo anunciou três novos conceitos tecnológicos para 2021. A marca apresentou um protótipo de um telemóvel extensível (Oppo X 2021), um óculos da marca e uma aplicação de realidade aumentada de cálculo espacial em tempo real (Oppo CybeReal AR).

Numa conversa com jornalistas de todo o mundo, via zoom, em que o Jornal Económico pôde participar, o vice-presidente da fabricante, Levin Liu, afirmou que o objetivo é “inovar em benefício do bem-estar do ser humano”.

O gestor avançou que para já tratam de conceitos, mas o objetivo é lançá-los no mercado já em 2021, tanto na China como na Europa.

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