As instituições bancárias do Bombarral, Chamusca, Mafra e Torres Vedras vão implementar novas soluções de banca digital ao longo dos próximos dois anos. O projeto, que decorre até 2024, envolve a migração de dados para a ‘cloud’.
A Oracle e a empresa portuguesa Digital Banking Solutions (DBS) estão a iniciar um projeto de modernização dos sistemas informáticos das Caixas Agrícolas do Bombarral, da Chamusca, de Mafra e de Torres Vedras, que envolve a implementação de novas soluções de banca digital.
O trabalho nas quatro associadas Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) decorre até 2024 e inclui a instalação da plataforma Flexcube da Oracle, na cloud, e também soluções de risco e compliance de acordo com as normas e procedimentos internacionais.
“O investimento em TI [Tecnologias da Informação] é fundamental para a resposta adequada à evolução do mercado, a todas as exigências regulatórias, ao controlo dos riscos, à capacidade de gestão e de inovação, tão necessária nos dias de hoje”, contextualiza, em comunicado, a presidente do conselho de administração da Agrimútuo – FCRL (Federação das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo) e da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra.
Segundo Manuela Nina Jorge, “o investimento será realizado no seio do ACE das Caixas de Crédito Agrícolas independentes e permite potenciar a estrutura comum, aumentando sinergias, capacidade de resposta e diluindo custos para as suas associadas”. Ou seja, o financiamento do acordo será da empresa do grupo Crédito Agrícola especializada na prestação de serviços de sistemas de informação, suporte operacional e controlo de gestão (ACE – Agrupamento Complementar de Empresas).
Na opinião da chairman da Agrimútuo, “o desafio será enorme, permitindo também vir a acomodar as dinâmicas de outros projetos, como a sustentabilidade social, que já está a ser desenvolvido com relevantes universidades portuguesas”. Até porque envolve a migração de dados históricos para a nuvem.
A visão é partilhada por João Cruz, managing partner da DBS, que destaca o “contexto de regulação rigoroso, com requisitos de negócio alinhados com o plano estratégico das Caixas”, para responder aos desafios que se colocam ao sector financeiro, à concorrência crescente e ao aumento da exigência de clientes e reguladores.
