O primeiro-ministro, António Costa, e o ministro das Finanças, Mário Centeno, desentenderam-se por causa do orçamento da zona euro na última reunião do Conselho Europeu, que decorreu na sexta-feira, o que gerou uma troca de argumentos em público que gerou perplexidade entre os restantes líderes da União Europeia (UE), dá conta o semanário “Expresso” este sábado, 14 de dezembro.
A “discussão direta” foi confirmada pelo semanário do grupo Impresa, que cita fonte europeia, e terá perdurado por algum tempo.
António Costa queria alterar “o texto das conclusões de forma a retirar a referência aos termos do instrumento orçamental” negociado por Centeno, enquanto presidente do Eurogrupo. Mas Centeno levou a melhor, visto que esses termos ficaram nas conclusões do documento debatido pelo Conselho Europeu.
Na origem da troca de argumentos em plena sala do Conselho Europeu estão os termos do primeiro orçamento da zona euro. Costa defende que o orçamento europeu deveria ser um instrumento de coesão e, por isso, deveria funcionar como um fundo para a coesão. Isto é, apenas os países da zona euro mais desfavorecidos e que respeitassem determinados critérios deveriam ser beneficiados pelo orçamento – “uma forma de ir buscar o dinheiro perdido com eventuais cortes nos fundos estruturais”, explica o “Expresso”.
Contudo, o trabalho desenvolvido pelo ministro das Finanças português na UE, enquanto presidente do Eurogrupo não correspondeu às pretensões de António Costa. Mário Centeno acabou por trabalhar com as diretrizes que o Conselho Europeu passou ao Eurogrupo.
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