A Ordem dos Engenheiros (OE) desenvolveu um conjunto de recomendações para a prevenção do contágio por Covid-19 nos estaleiros de construção em Portugal.
“São muitos os engenheiros e outros profissionais da fileira da construção que, apesar do contexto de adversidade relacionado com a situação de pandemia de Covid-19, continuam a trabalhar em obras públicas e privadas, incluindo a criação de infraestruturas de apoio ao combate da pandemia, permitindo que este setor, tão essencial para a economia nacional e responsável por uma fatia importante do PIB [Produto Interno Bruto], não páre a sua atividade, com o consequente impacto na economia e de perda de postos de trabalho”, defende um comunicado da Ordem dos Engenheiros.
A instituição liderada por Mineiro Aires considera que, “para que o setor mantenha a sua atividade, torna-se imprescindível que os donos de obra e as empresas estejam conscientes e informadas das medidas necessárias à prevenção do contágio, estendidas a toda a cadeia de subcontratação e por todos aqueles que diariamente desenvolvem atividade nos estaleiros”.
“Face a esta preocupação, partilhada por muitos profissionais de engenharia, e tendo em conta que a maioria das nossas empresas são PME’s que, pela sua dimensão, nem sempre têm capacidade para, por si, desenvolver planos de contingência, a OE decidiu desenvolver um documento que elenca recomendações, excecionais e temporárias, dirigidas a todos os atores envolvidos no ato de construir, para prevenir a possibilidade de contágio por SARSCoV-2 (COVID-19), tendo em consideração as particularidades dos estaleiros de construção de obras”, assinala um, comunicado da Ordem dos Engenheiros.
A mesma nota acrescenta que “as recomendações da Ordem dos Engenheiros sistematizam e desenvolvem 12 temas considerados essenciais neste período: condições de admissão de trabalhadores no estaleiro; cuidados a observar nos transportes para o estaleiro (transporte de trabalhadores, assim como de materiais); aprovisionamento de materiais e equipamentos necessários à implementação das medidas de proteção; lavagem das mãos; etiqueta respiratória; uso de máscaras ou viseiras; procedimentos de conduta e distanciamento social; instalações sanitárias e vestiários; cantinas ou locais de toma de refeições; escritórios e outras instalações; trabalhos na frente de obra; ligações úteis, com indicação de outras fontes informativas, nomeadamente recomendações ou legislação das entidades oficiais respeitantes ao período de quarentena”.
“Estas são questões sensíveis e críticas em contexto de estaleiros de obras, entendendo a OE que a atividade da construção pode e deverá continuar, acautelando devidamente a segurança dos trabalhadores, das empresas e da sociedade em geral. Estas recomendações, que apenas pretendem ser um contributo dirigido às empresas, a quem compete tomar as medidas que entendam adequadas, não se sobrepõem às orientações do governo e demais autoridades e instituições com competências para o efeito, nem às que sejam emanadas pelas associações do setor”, avisa o referido comunicado.
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