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Originais de Tintim vão a leilão e podem chegar ao milhão de dólares

Os dois trabalhos representam a página 58 do 19º álbum das aventuras do famoso repórter, publicado em 1958, com o título original de “Coke en Stock” ou, em português, “Carvão no Porão”.
31 Maio 2018, 15h12

Desenhos originais do livro de banda desenhada das Aventuras de Tintim “Carvão no Porão” vão ser leiloados a 2 de junho, nos Estados Unidos, numa sessão que inclui outras diversas peças da autoria de Hergé. A leiloeira prevê que o preço destas duas obras e deverá chegar próximo do milhão de dólares (cerca de 850 mil euros).

Estas duas pranchas, desenhadas à mão pelo artista belga Georges Remi, que ficou conhecido por Hergé, são de 1957 e foram publicadas em 1958. Uma a lápis (35,2 x 50 cm) e a outra a tinta china (30,7 x 47,7 centímetros), poderão render entre 720.000 e 960.000 dólares (entre 618.000 e 825.000 euros), de acordo com a casa de leilões Heritage Auctions, que as colocou à venda em Dallas, no Texas.

Os dois trabalhos representam a página 58 do 19º álbum das aventuras do famoso repórter, publicado em 1958, com o título original de “Coke en Stock” ou, em português, “Carvão no Porão”.

A empresa de leilões vai transmitir o evento em direto de Dallas, no Texas, nos Estados Unidos da América, para a sua delegação europeia em Utrecht, na Holanda.

No início desta prancha, dividida em 12 vinhetas, vê-se o Tintim, o Capitão Haddock, o seu fiel companheiro Milou e o piloto estónio Piotr Szut com uma pala preta no olho, a olhar para o mar.

Sob os seus pés, nas profundezas do oceano, um mergulhador tenta prender uma mina ao navio, antes de ser atingido por uma âncora, que o deixa inconsciente.

Estas pranchas “são excelentes exemplos da técnica de desenho da linha clara”, o estilo gráfico rigoroso em que se destacou Hergé, salientou o especialista belga em banda desenhada Eric Verhoest.

É raro os desenhos originais de Hergé serem colocados no mercado, porque o artista não os ofereceu, senão ocasionalmente, como presentes, a amigos próximos, segundo a Heritagem Auctions.

A prancha à venda no sábado tinha sido oferecida pelo belga a um “amigo escandinavo” na década de 1970 que, em seguida, a vendeu a um comprador “numa região germanófona da Europa”, disse Verhoest.

No início deste mês, uma aguarela rara de 1939 do álbum “O Ceptro de Ottokar” foi vendida por mais de 600.000 euros na Christie’s, em Paris.

Tintin é uma estrela incontestada dos leilões. Um desenho em tinta da china para as capas dos álbuns do publicados de 1937 a 1958 foi vendido por 2,65 milhões de euros pela casa de leilões Artcurial em 2014. Um recorde mundial.

A leilão estarão cerca de 300 lotes e haverá também trabalhos de Peyo e Moebius.

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