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Dinamarquesa Orsted garante que não pretende lançar oferta à EDP Renováveis

A dinamarquesa explicou que “monitoriza ativamente o mercado” à procura de oportunidades de investimento, mas não tem neste momento planos concretos sobre a eólica portuguesa.
26 Junho 2018, 20h54

A empresa dinamarquesa Orsted nega qualquer plano de lançar uma oferta para concorrer com a China Three Gorges (CTG) e adquirir a EDP Renováveis. A declaração foi enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) depois de a agência Reuters ter noticiado, esta terça-feira, que a estatal chinesa estaria a sondar eventuais interessados nos negócios da eólica portuguesa nos Estados Unidos da América (EUA).

“A Orsted A/S não está atualmente a preparar uma potencial transação referente a todas ou parte das ações da EDP-R, ou qualquer dos seus ativos ou afiliadas”, afirmou a empresa. Sublinha ainda que “monitoriza ativamente o mercado, incluindo (sem limitações) qualquer oportunidade de potencial investimento alinhada com a sua estratégia de negócios”, mas não há planos concretos para a EDP Renováveis.

A legislação em vigor obriga a que, num cenário de oferta pública de aquisição (OPA), logo que tome a decisão de lançamento o oferente deve enviar anúncio preliminar à CMVM, à sociedade visada e às entidades gestoras dos mercados regulamentados em que os valores mobiliários que são objeto da oferta ou que integrem a contrapartida a propor estejam admitidos à negociação, procedendo de imediato à respetiva publicação.

China Three Gorges sonda eventuais interessados na EDP Renováveis nos EUA

Segundo a Reuters, a CTG está a sondar eventuais interessados nos ativos que o grupo EDP detém nos Estados Unidos, onde a empresa liderada por António Mexia tem a EDP Renewables North America. O objetivo será acautelar uma eventual rejeição dos reguladores dos EUA, que são uma das condições de lançamento da OPA sobre a EDP.

A CTG terá mantido conversações com empresas europeias de energia para avaliar o interesse em comprar o negócios das renováveis ​​da EDP nos EUA, uma vez que busca suavizar o caminho para a sua planeada aquisição da empresa portuguesa, disseram três fontes familiarizadas com o assunto. As autoridades dos EUA estão a intensificar o escrutínio às aquisições chinesas de ativos americanos em setores estratégicos e podem bloquear a proposta de aquisição da EDP, disseram fontes do setor bancário à agência noticiosa.

[Notícia atualizada às 21h10]
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