Estão cá para celebrar com ele uma vida ao serviço da educação. São muitos. Sobressai a mãe, de 87 anos de idade e com um brilhozinho nos olhos. O círculo familiar inclui os alunos. “Eles são a razão maior de ser professor e é por essa razão que nunca deixamos de ser professor” — dirá adiante “o académico, que, de vez em quando, dá uns pontapés na política”.
David Justino, antigo ministro da Educação e professor catedrático do Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa, despediu-se esta terça-feira da academia, numa aula de jubilação. “Esta é a aula que nunca dei. Não só por ser a última, que é sempre única e irrepetível, mas por ser aquela que muito tinha vontade de dar e que só nesta oportunidade me abalancei a proferir”.
Prossegue: “Após 46 anos a aconselhar os meus alunos a não se pronunciarem sobre o que não sabem e a evitar a expressão ‘eu acho que’, eis que não resisti a falar sobre aquilo que não sei, sobre o que não sabemos”.
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