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Os saldos mais apetecíveis em Portugal e nas capitais da moda

Finalmente chegaram os saldos! Embora seja raro observar em Portugal as longas filas que se formam em Londres ou Paris, o entusiasmo de quem não perde uma boa promoção também se faz sentir. Entre nós as marcas com os saldos que costumam atrair mais clientela são a Zara e a sua congénere Zara Home;  Mango; Bimba e Lola;  Massimo Dutti e Cortefiel.
  • Mário Cruz/Lusa
10 Janeiro 2022, 20h30

Está aberta a época dos saldos.

A decisão de proibir os saldos nas lojas físicas entre os dias 25 de dezembro de 2021 e 9 de janeiro de 2022, tomada a 21 de dezembro, quando o Governo implementou um conjunto de medidas especiais para o período do Natal e do Ano Novo para evitar a propagação do vírus, levaram a um atraso na época usual de saldos, que deixou ansiosos todos os que gostam de aproveitar uma boa promoção.

Nem a limitação de lotação dos espaços comerciais, que não se encherão de pessoas, uma vez que só pode estar uma em cada cinco metros quadrados, está a travar o entusiasmo dos adeptos dos saldos.

A Chanel faz saldos duas vezes ao ano, com a coleção de primavera/verão e com a coleção de outono/inverno, com um desconto sempre fixo de 40% e que abrange acessórios, sapatos, algumas carteiras (muito poucas) e roupa. A seleção sobre a qual os saldos incidem é sempre curta e referente a coleções passadas. Os saldos da Chanel são um grande sucesso e quando têm início é possível observar à porta das lojas da maison francesa das capitais da Moda, como Paris, Londres e Milão, longas filas de fãs da marca.

Em Portugal existe na Avenida da Liberdade uma shop in shop da marca francesa. Fica no  número 38B da luxuosa avenida e consiste num espaço autónomo, 100% dedicado à Chanel, e que está decorado exatamente como as boutiques da maison no resto do mundo. Aliás, o design destes 50 m2, foi desenvolvido por um gabinete de arquitetura que contou com a direção de Peter Marino, responsável por projetos de lojas de Ermenegildo Zegna, Christian Dior, Fendi e Louis Vuitton. A Hermés está presente no Chiado, considerado a 37ª localização de retalho mais cara do mundo, com as rendas praticadas a custarem em média 1.170 euros anuais por m2. A liderar a lista está à 5ª Avenida, em Nova Iorque, com rendas anuais de 33.812 euros por m2.

Na Hermés, o entusiasmo chega a ser maior. A primeira venda com descontos realizada foi em Paris. Houve fãs da marca que acamparam de noite à porta da loja para serem os primeiros a entrar. Em Portugal, a Hermés tem loja no Chiado.

Estas “corridas ao ouro” são rodeadas de alguma controvérsia, interrogando-se os críticos se vale a pena esperar horas para gastar fortunas.

Em Londres são realizados eventos de saldos da Hermés nos quais só se entra com convite. Os convidados recebem indicação da hora a que devem comparecer.

Em Londres, a oferta destas duas marcas, no que toca a saldos, é sempre menor do que em Paris. Sendo que na Chanel a designação utilizada é “saldos” e na Hermés “venda de amostras”. Em Londres o evento da marca teve lugar, nada mais, nada menos, que no Kensington Palace, a residência oficial dos Duques de Cambridge, William e Kate. Montaram uma tenda no exterior e era necessário os convidados identificarem-se à chegada, apresentando um comprovativo de identidade. Os telemóveis eram proibidos, assim como tirar fotografias. Existia uma valor limite das compras que podiam ser feitas.

As corridas aos saldos das marcas mais luxuosas da Europa costumam estar repletas de asiáticos, embora as restrições impostas pela pandemia tenham diminuído muito o número de pessoas destas etnias nestas tão disputadas descidas de preços.

Entre nós as marcas com os saldos que costumam atrair mais clientela são a Zara e a sua congénere Zara Home;  Mango; Bimba e Lola;  Massimo Dutti e Cortefiel.

Segundo o estudo do Observador Cetelem, 33% dos portugueses inquiridos têm intenção de aproveitar os saldos de janeiro – em 2020 apenas 27% dos inquiridos pretendiam aproveitar esta época.

Os inquiridos mais velhos, dos 65 aos 74 anos, são os que menos tencionam usufruir dos saldos do início do ano (75%). Já os portugueses inquiridos, entre os 25 e os 34 anos, são os mais dispostos a usufruir dos saldos (56%).

A nível regional, os residentes de Lisboa são os que mais planeiam aproveitar os saldos (74%), enquanto os do Porto são os que menos pretendem fazê-lo (apenas 20%).
Dos portugueses inquiridos que vão usufruir dos saldos, 19% revelam que vão aproveitar esta altura para fazer compras para si e para os outros, sobretudo, os mais jovens com idades entre os 18 e os 24 anos (36%). Nestes saldos, as categorias de produtos mais procuradas pelos portugueses são: o vestuário e acessórios (73%), seguido de perfumes e maquilhagem (41%), relógios e joias (29%) e os brinquedos (11%).

 

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