José Sócrates respondeu por escrito às cerca de 90 perguntas dos deputados da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da Caixa Geral de Depósitos, onde entre outras questões queriam saber a sua influência na CGD, nomeadamente na nomeação de Santos Ferreira e Armando Vara para o banco público, Vale do Lobo, La Seda, a guerra no BCP e compra de acções. O JE teve acesso a essas respostas, que chegaram ao Parlamento nesta quinta-feira, 4 de julho, onde Sócrates rejeita ter pressionado o antigo ministro das Finanças, Luis Campos e Cunha, para mudar a administração da Caixa. E defende que os administradores da Caixa “são os únicos responsáveis” pelo empréstimo a Berardo.
O PS, PSD e BE apresentaram 89 questões a colocar ao antigo primeiro-ministro no âmbito da CPI à CGD. Os deputados aguardavam resposta de ex-governante para concluir o inquérito à Caixa. Sobre as perguntas, Sócrates dispara: “Visam usar politicamente o processo judicial em curso para provocar, para atingir, para ferir.”
No documento, de 24 páginas, Sócrates responde às questões sobre se alguma vez teve conversas com Constâncio e o facto de a CGD se encontrar com uma sobreexposição relativamente ao BCP. Garante que “nunca” discutiu com o então governador do Banco de Portugal (BdP) qualquer assunto relacionado com a crise na administração do BCP ou com financiamentos da Caixa. E defende nas respostas enviadas aos deputados que “os únicos responsáveis pelo empréstimo ao senhor José Berardo são os administradores da Caixa Geral de Depósitos – os únicos”. Sai também em defesa de Constâncio que, diz, passou a ser “o alvo” de todos os partidos e defende que “o BdP não aprovou a operação de crédito [a Berardo]nem poderia de nenhuma forma alterar ou anular esse empréstimo”.
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