Ao contrário do tom que costuma prevalecer nos diversos encontros do Fórum de Davos e nos discursos e comunicados que de lá saem – de intenso optimismo perante os desafios que todos os anos se vão renovando –, o ‘sumário’ é no mínimo perturbador: o otimismo deu lugar a um pessimismo consistente, que se foi consolidando à medida que as intervenções se foram multiplicando, e em alguns casos repetindo.
A própria organização do fórum disso deu nota sem rodeios: o estudo que costuma fazer ao longo dos dias de trabalho na pequena estância suíça dão nota que apenas cerca de 30% dos economistas que lideram organizações (tanto públicas como privadas) são capazes de dizer que estão convencidos que não haverá em 2023 uma recessão global.
Entre os restantes 70%, os pessimistas (também conhecidos por optimistas esclarecidos), há um bloco de 18% que asseguram que não só haverá uma recessão, como esta será profunda e demorada, com as suas consequências a atingirem as economias – mesmo as mais robustas – de uma forma estrutural. Ou, como afirma o documento oficial da organização: a pandemia e a guerra na Ucrânia “marcam o fim de uma era económica; a próxima trará mais riscos de estagnação, divergência e sofrimento”.
Leia o artigo na íntegra no caderno NOVO Economia, publicado com a edição impressa do Semanário NOVO.