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Ouro dispara para máximos desde o início da invasão da Ucrânia

Os receios com a entrada em recessão da economia norte-americana, a par da crise bancária e das tensões geopolíticas, estão a contribuir para esta escalada.
  • Cerca de 49% do ouro português está noutros bancos centrais estrangeiros
5 Abril 2023, 08h52

O ouro disparou para máximos de 13 meses na terça-feira atingindo o valor mais alto de fecho (2.040 dólares) desde março de 2022, logo após o início da invasão da Ucrânia.

A subida do metal precioso aconteceu depois de terem sido revelados dados nos Estados Unidos que demonstram que a maior economia mundial pode estar a entrar em recessão, depois das subidas das taxas de juro pela Reserva Federal para tentar travar a inflação, segundo a “Bloomberg”.

Os dados revelaram que as vagas de emprego em fevereiro atingiram o nível mais baixo desde maio de 2021.

O recorde do ouro está situado nos 2.075 dólares por onça atingidos em agosto de 2020.

Em março de 2022, após a invasão da Ucrânia chegou a atingir os 2.070 dólares.

“O preço do ouro está a ser impulsionado por preocupações sobre o dólar”, destacou o analista David Lennox da Fat Prophets, apontando que também está a gozar um “prémio de ativo de refúgio” por receios financeiros, incluindo a crise bancária e tensões geopolíticas.

Desde março que o ouro já subiu 11% e superou os 2.000 dólares em três ocasiões, provocado pela queda do Silicon Valley Bank (SVB) e pela compra do Credit Suisse pelo UBS.

O ouro tem uma correlação inversa face ao dólar, aumentando ou diminuindo o seu valor dependendo do desempenho da moeda norte-americana.

Esta manhã o ouro está a avançar 0,32% para 2.026 dólares por onça, continuando acima dos 2.000 dólares e a cerca de 50 dólares do seu máximo histórico.

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