A Guiné-Bissau tem eleições legislativas no próximo domingo e os observadores já dão conta de uma primeira vitória: a própria realização das eleições. É que, há apenas dois meses, os próprios partidos guineenses, ou alguns, eram os primeiros a duvidarem dessa possibilidade: falta de infraestruturas (nomeadamente no que tem a ver com a recolha de votos fora dos grandes centros urbanos – ou mais propriamente fora da capital, Bissau), falta de capacidade de financiamento para custear o evento (acabou por ser pedido um empréstimo externo) e falta de estruturas partidárias mínimas para levar a efeito uma campanha aceitável.
Seja como for, “estamos em plena campanha e cada partido está a demonstrar as suas forças à população”, disse ao JE um elemento do histórico PAIGC, Martilene dos Santos – militante que ainda não perdeu a esperança de concorrer à liderança do partido. Mas admite fortes dificuldades: “cerca de 80% da população continua a viver no interior do país, é difícil fazer uma campanha – mesmo em Bissau. Não temos como ouvir as pessoas, não há estruturas que o permitam”.
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