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País tem condições para avançar com alta velocidade sem sobressaltos, diz Costa (com áudio)

O primeiro-ministro afirmou hoje que o país tem “condições financeiras” para assumir o projeto da alta velocidade Lisboa-Porto-Vigo “com tranquilidade” e sem “sobressaltos que o ponham em causa”, sublinhando que reuniu uma “larguíssima maioria”.
28 Setembro 2022, 11h46

“O país tem hoje condições financeiras para poder assumir este projeto com a tranquilidade” que não haverá “sobressaltos que o ponham em causa”, declarou o primeiro-ministro, António Costa.

O governante, que marcou presença de manhã no terminal ferroviário de Campanhã, no Porto, para a apresentação do projeto de alta velocidade para ligação de Lisboa ao Porto e Porto a Vigo (Espanha), salientou que infraestruturas como esta “transcendem qualquer maioria”.

“Os grandes projetos estruturantes, a rodovia, ferrovia e aeroportuária têm de ser objeto de grande consenso nacional, validados na Assembleia da República e ter, pelo menos, o apoio de dois terços”, disse, sublinhando que o projeto reuniu uma “larguíssima maioria” na AR.

Destacando que o projeto de alta velocidade é “essencial” para responder às “necessidades de desenvolvimento” do país e que o mesmo tem “potencial para o futuro do futuro” de Portugal, António Costa disse ter “confiança” de que os investimentos levados a cabo por este Governo são “soluções para o futuro e não problemas que ficam para outros resolver”.

“Estamos a deixar soluções para os que nos sucederem”, destacou, dizendo haver “condições” para, nesta legislatura, as três obras serem iniciadas e “seguirem viagem”.

Aos presentes na apresentação do projeto de alta velocidade, o primeiro-ministro garantiu que, apesar dos “tempos exigentes”, o futuro do país “não tem perdido o norte”, lembrando ser preciso “recordar como foram ultrapassados os momentos mais difíceis da pandemia”.

“O que fizemos na pandemia é o que temos de fazer agora. Apoiar o presente e abrir o futuro ao futuro”, referiu.

Quanto à ferrovia, a qual considerou o “parente pobre do investimento feito nas últimas décadas” no país, o primeiro-ministro disse não ser possível “resolver o que foi feito”, mas “fazer o que falta”.

Elencando os investimentos na melhoria das linhas, o primeiro-ministro lembrou também o concurso público para aquisição de composições, o qual, considerou, “não pode ser só visto como um investimento para o país ter novas composições, mas como uma enorme oportunidade para a indústria nacional”.

António Costa reforçou ainda que o projeto da alta velocidade “une e serve o país”, bem como “reforça a fachada atlântica”, admitindo que a ligação entre o Porto e Vigo é o “primeiro passo” para a integração da ferrovia portuguesa na rede ibérica de alta velocidade.

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