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PAN quer urgente renaturalização da Serra da Estrela e interdição da caça nas zonas ardidas

Além do PAN também a Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, e o Turismo Centro de Portugal lamentaram a área ardida na Serra da Estrela. 
12 Agosto 2022, 14h47

O PAN deu entrada de um projeto lei onde recomenda a urgente renaturalização da Serra da Estrela e interdição da caça nas zonas ardidas, num momento em que os bombeiros ainda tentam domar a chamas na Serra da Estrela.

Em comunicado, o PAN sublinha que a Serra da Estrela “conta já com mais de 14 mil hectares ardidos” e como tal o partido “exige que o Governo avance com um projeto urgente para proceder à contenção dos solos nas zonas ardidas além de desenvolver um projeto para a renaturalização da flora em toda a zona ardida”.

O PAN também quer que seja interdita imediatamente a “caça no Parque Natural para permitir a recuperação das espécies de fauna em toda a área que constitui um refúgio de vida selvagem e habitat de formações vegetais endémicas”.

“A dimensão do incêndio no Parque Natural da Serra da Estrela, colocando em risco a biodiversidade e as populações, resulta dos efeitos da crise climática que assola o nosso país e o mundo, sendo ainda reflexo da falta de planos eficazes (e sua execução) para proteger e preservar o nosso património natural dos incêndios, de medidas de dinamização do interior do país, e da falta de projetos de reordenamento florestal que possam revertam os erros cometidos ao longo de décadas e que tornaram as nossas zonas florestais em verdadeiras caixas de fósforos prontas a arder”, sublinha o PAN.

De recordar que a par com o mais recente Projeto de Resolução, o PAN já tinha dado entrada no passado dia 4 de agosto, de um pacote de quatro iniciativas legislativas que procuram deseucaliptar Portugal e valorizar os diversos profissionais e voluntários que têm estado na linha da frente do combate aos incêndios.

Além do PAN também a Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, e o Turismo Centro de Portugal lamentaram a área ardida na Serra da Estrela.

“A Associação Nacional de Conservação da Natureza está a acompanhar com preocupação a evolução do incêndio que está a devastar parte do Parque Natural da Serra da Estrela, desde a Covilhã e que avançou pela Serra da Estrela até aos concelhos de Manteigas, Guarda, Gouveia e Celorico da Beira”, diz a Quercus em comunicado.

A associação aponta que “devem ser criadas condições para a pequena agricultura e pecuária com a remuneração dos serviços ecossistémicos locais que são essenciais para a fixação da população nestes territórios de montanha, mantendo a biodiversidade”

No comunicado a Quercus deixa ainda um alerta. “Devido à destruição da vegetação nas encostas ingremes, sobretudo no vale do Zêzere, os fenómenos de erosão com arrastamento de materiais vão ser problemáticos, pelo que deve ser priorizada a necessidade de estabelecimento de medidas de emergência na gestão pós-fogo, antes do inverno”, avisa.

Por sua vez, o Turismo Centro de Portugal “manifesta a sua solidariedade para com todos aqueles que sofreram danos pessoais e materiais nos inclementes fogos deste verão e lamenta profundamente que um ecossistema tão sensível como o da Serra da Estrela tenha sido tão duramente atingido”.

“O Centro de Portugal está novamente a sofrer com o flagelo dos fogos florestais. Cinco anos depois da tragédia que se abateu sobre grande parte da região, o pesadelo dos incêndios atingiu este verão de novo os territórios do Centro de Portugal, devastando nos últimos dias a área protegida mais extensa de Portugal: a nossa magnífica Serra da Estrela”, sublinha o Turismo Centro de Portugal.

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