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Papa em Hiroshima: “Energia atómica para fins militares é hoje mais que um crime”

Nas duas cidades mártires do nuclear durante a Segunda Guerra Mundial, o Papa Francisco apelou este domingo aos líderes mundiais para que renunciem às armas nucleares.
  • Tony Gentile / Reuters
24 Novembro 2019, 12h34

O Papa Francisco está este domingo nas cidades mártires de Hiroshima e Nagasaki, alvo das duas bombas atómicas dos Estados Unidos em 1945, onde lembrou “o horror indescritível sofrido pelas vítimas” do destruiu as duas cidades nipónicas.

Defensor de um mundo sem armas nucleares, o Papa alertou os líderes políticos para o facto da posse de armas de destruição em massa não abrir caminho para a paz. Antes pelo contrário. “A utilização da energia atómica para fins militares é hoje mais que um crime, não somente contra o homem e a sua dignidade, mas também contra toda a possibilidade de futuro na nossa casa comum”, afirmou.

As duas bombas atómicas foram lançadas com três dias de intervalo, levando ao fim da Segunda Guerra Mundial. Depois de Hiroshima, onde morreram mais de 140 mil mortos, foi lançada em 9 de agosto de 1945, uma segunda bomba atómica sobre Nagasaki.

O apelo do Papa este domingo, 24 de novembro, no Japão é feito numa altura em que no mundo há nove estados nucleares, detendo 13.865 armas deste tipo.

O tratado nuclear START, assinado pelos Estados Unidos e pela Rússia, expirará em 2021 e ainda não há planos para estender o acordo. Por outro lado, os Estados Unidos e a Coreia do Norte continuam as negociações bilaterais sobre desnuclearização, ainda que com constantes paralisações.

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