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Papa Francisco pede que dinheiro de armas seja direcionado para combate à Covid-19

“Quantos recursos são gastos em armamentos, especialmente armas nucleares, que poderiam ser usados ​​para prioridades mais significativas, como garantir a segurança das pessoas, a promoção da paz e do desenvolvimento humano integral, a luta contra a pobreza e a prestação de cuidados de saúde”, escreveu o Papa
17 Dezembro 2020, 13h04

O Papa Francisco pediu aos líderes mundiais, esta quinta-feira, que desviem fundos usados ​​no reforço do armamento para enfrentar problemas relacionados com a pandemia da Covid-19.

“Quantos recursos são gastos em armamento, especialmente armas nucleares, que poderiam ser usados ​​para prioridades mais significativas, como garantir a segurança das pessoas, a promoção da paz e do desenvolvimento humano integral, a luta contra a pobreza e a prestação de cuidados de saúde”, escreveu o Papa na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica Romana, enviada aos líderes mundiais.

O chefe da Igreja Católica frisou que seria uma “decisão corajosa seria estabelecer um ‘Fundo Global’ com o dinheiro gasto em armas e outras despesas militares, a fim de eliminar permanentemente a fome e contribuir para o desenvolvimento dos países mais pobres”. Problemas, que na opinião de Francisco, “com a atual pandemia de COVID-19 e as mudanças climáticas tornaram esses desafios ainda mais evidentes”.

Na mensagem anual, este ano intitulada “Uma cultura de cuidado como caminho para a paz”, o Papa condenou o chamado “nacionalismo da vacina” e sublinhou que as nações mais pobres não deveriam ser deixadas para trás na luta contra o coronavírus. “Renovo o meu apelo aos líderes políticos e ao setor privado para não poupar esforços em garantir o acesso às vacinas Covid-19 e às tecnologias essenciais necessárias para cuidar dos doentes, dos pobres e dos mais vulneráveis”, pediu.

O Papa Francisco elogiou ainda profissionais de saúde e outros trabalhadores da linha de frente. “Diante da pandemia, percebemos que estamos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos chamados a remar juntos”, rematou.

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