[weglot_switcher]

Papel e energia puxam PSI para terreno negativo. Europa fecha em queda

Os mercados europeus de ações fecharam em queda. Também a dívida pública está em forte correção. O barril de petróleo Brent cai mais de 2%.
22 Junho 2022, 16h37

O PSI recuou 0,52% para 5.921,52 pontos. A liderar as quedas esteve a Galp que caiu 2,72% para 11,10 euros; a Altri que desceu 4,51% para 6,25 euros; a EDP Renováveis que tombou 2,11% para 21,76 euros; e a Navigator que perdeu 2,67% para 3,78 euros.

Em alta fecharam sete títulos. O destaque vai para a Mota-Engil (+3,49% para 1,304 euros) e para a Jerónimo Martins que valorizou 2,60% para 18,93 euros, num dia em que anunciou um investimento de 16,8 milhões de euros na compra de 10,1% da norueguesa de produção sustentável de salmão Andfjord Salmon, empresa cotada na Euronext Growth.

O BCP fechou a subir 1,75% para 0,1806 euros depois de ser conhecido que o Santander colocou as ações do banco na lista de ações favoritas e atribuiu um preço-alvo de 0,40 euros.

A Sonae também se destacou ao subir 1,37% para 1,1130 euros.

A bolsa de Lisboa acompanhou as bolsas da Europa que encerraram em baixa. O EuroStoxx 50 caiu 0,84% para 3.464,6 pontos e o Stoxx 600 perdeu 0,66%.

O FTSE 100 fechou a descer 0,88% para 7.089,2 pontos; o CAC 40 recuou 0,81% para 5.916,6 pontos; o DAX fechou com perdas de 1,11% para 13.144,3 pontos; o FTSE MIB recuou 1,36% para 21.788,6 pontos e o IBEX também recuou 1,10% para 8.145,4 pontos.

“Os mercados de ações europeus até aliviaram as perdas face aos mínimos da sessão, onde as quedas chegaram a ultrapassar os 2% em alguns índices, mas a recuperação que se sente em Wall Street foi insuficiente para trazer os índices do velho continente para território positivo”, escreve o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

O analista destaca que “o arrefecimento económico voltou  a preocupar os investidores, no dia em que os preços no produtor britânico trouxeram novos sinais de pressão, perante a maior subida de sempre nos custos de inputs e o maior aumento nos preços de outputs desde a década de 70”.

“A revelação aumenta os receios de que a passagem deste efeito para jusante da cadeia leve a inflação a persistir num nível bem acima do desejado e continue a justificar atuações mais agressivas por parte dos bancos centrais”, refere o analista da MTrader.

Os setores cíclicos acabaram assim por estar entre os mais castigados. Os preços do petróleo seguem igualmente em queda, uma vez que um cenário de contração económica poderia exercer impacto sobre a procura.

O petróleo Brent fechou em queda expressiva, ao recuar 2,53% para 111,75 dólares numa altura em que o crude West Texas perde 2,77% para 106,5 dólares.

Hoje foi notícia que a confiança dos consumidores voltou a recuar, em junho, tanto na zona euro como na União Europeia (UE), aproximando-se do valor recorde de abril de 2020, segundo dados da Comissão Europeia.

Destaque para a notícia que o IVA da electricidade em Espanha que vai baixar pela segunda vez no último ano, agora de 10% para 5%, anunciou hoje o líder do Governo espanhol.

O euro apreciou 0,53% para 1,0589 dólares.

O mercado secundário de dívida pública regista uma correcção. Os juros alemães a 10 anos caem 13,42 pontos base para 1,63%. A obrigações do tesouro português a 10 anos caem 13,64 pontos base para uma yield de 2,67%. Também Espanha tem os juros em queda de 14 pontos base para 2,70% e Itália vê os juros caírem 15,18 pontos base para 3,54%.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.