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TAP perdeu quota de passageiros no aeroporto de Lisboa no quarto trimestre de 2021 (com áudio)

A transportadora aérea nacional passou de uma quota de 51% de passageiros no aeroporto Humberto Delgado no último trimestre de 2020 para 46% no período homólogo do ano passado, uma queda de cinco pontos percentuais.
29 Março 2022, 07h45

A TAP perdeu quota de passageiros no aeroporto de Lisboa no último trimestre do ano passado face ao homólogo de 2020, de acordo com o boletim estatístico trimestral desse período publicado pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

Segundo este documento, a TAP passou de uma quota de 51% de passageiros no aeroporto Humberto Delgado para 46%, uma queda de cinco pontos percentuais.

Mesmo assim, a TAP mantém a liderança no principal aeroporto nacional, sendo seguida pela Ryanair. A companhia ‘low cost’ encurtou distância para a transportadora aérea nacional no aeroporto de Lisboa, passando de uma quota de 13% para 17%.

Também a easyJet aumentou a quota entre o quarto trimestre de 2020 e o período homólogo do ano passado no aeroporto da capital, subindo de 5% para 7%, mantendo-se no terceiro posto.

Também no aeroporto do Funchal, a TAP perdeu quota, de 28% para 23%, passando para a segunda posição, tendo sido ultrapassada pela easyJet, que passou a liderar com uma quota de 25%, inferior em dois pontos percentuais à do último trimestre de 2020 (27%).

Nos aeroportos do Porto (13%), Faro (6%) e Ponta Delgada (11%), a TAP manteve as respetivas quotas e as posições relativas (número três no Porto e em Ponta Delgada), excepto em Faro, em que caiu da quarta para quinta posição.

Resumindo, de uma forma geral a TAP não conseguiu recuperar terreno face à concorrência no último trimestre do ano passado nos principais aeroportos nacionais, apesar de ter aumentado o número de passageiros transportados, uma tendência generalizada.

De acordo com o referido boletim da ANAC, o último trimestre do ano passado registou um total de 8,8 milhões de passageiros nos cinco maiores aeroportos nacionais, uma subida de 222,55%, mais de 6,1 milhões de passageiros acima do verificado no último trimestre de 2020.

O maior crescimento entre os dois períodos em análise ocorreu no aeroporto de Lisboa, com um crescimento de 240,58%, de 1,485 milhões de passageiros para mais de cinco milhões de passageiros.

“As acentuadas variações homólogas do trimestre analisado refletem, ainda para este período, o efeito das quebras acentuadas registadas em 2020. No conjunto das principais infraestruturas aeroportuárias nacionais foram operados cerca de 86 mil movimentos comerciais e transportados, aproximadamente, 8,8 milhões de passageiros”, assinala o boletim da ANAC, acrescentando que “estes valores representam, face ao período homólogo, crescimentos de 91% em número de movimentos e 223% em número de passageiros transportados”.

Os responsáveis da ANAC sublinham ainda que “o número de movimentos do quarto trimestre de 2021 representou cerca de 83% do valor registado no quarto trimestre de 2019”, adiantando que “para o número de passageiros esta proporção foi de 72%”.

“O aeroporto de Lisboa apresentou as variações homólogas mais acentuadas, tanto em movimentos operados como em passageiros processados, seguido dos aeroportos do Porto e o Funchal. O número de passageiros dos voos internacionais representou cerca de 70% do número de passageiros internacionais contabilizados em igual período de 2019, aproximando-se dos valores pré-pandemia. No quarto trimestre de 2020 esta proporção era de apenas 21%”, destaca o referido documento.

A ANAC refere também que, “no segmento internacional, as origens e destinos internacionais aproximam-se, em termos do número de movimentos comerciais regulares e não regulares, da ordenação relativa que se observava no quarto trimestre em 2019 (…)”.

“Sublinha-se, finalmente, o crescimento do tráfego não regular que, em número de movimentos, regista uma variação homóloga de +49% (+37% em relação ao quarto trimestre de 2019) e, em número de passageiros, apresenta uma variação homóloga de +329% (- 15% em relação ao quarto trimestre de 2019)”, conclui o boletim estatístico da ANAC.

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