[weglot_switcher]

Parceria na investigação junta Politécnico de Leiria e Força Aérea

IPLeiria, Força Aérea Portuguesa e empresa Prio estudam a utilização de biocombustível produzido a partir de óleos alimentares usados em viaturas e equipamentos da Base Aérea N.º 5.
13 Agosto 2022, 17h24

A também conhecida por Base Aérea de Monte Real é o palco deste projeto de investigação. Estuda-se a utilização de biocombustível produzido a partir de óleos alimentares usados. Porquê? Para
aferir a viabilidade e os benefícios ambientais do biocombustível de última geração, ZeroDiesel, numa gama alargada de viaturas e equipamentos de suporte terrestre, “Ground Support Equipment” (GSE) de tipologia e uso militar nesta base.

“O objetivo deste estudo é analisar os efeitos que podem existir pela utilização de biodiesel, em substituição do tradicional gasóleo, num conjunto alargado de viaturas e equipamentos, em termos
de variações no consumo, alteração de nível de desempenho e emissões e ainda de fiabilidade dos motores”, explica ao JE Universidades, Luís Serrano, professor no curso de Engenharia Automóvel da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria e coordenador da delegação de Leiria da unidade de investigação ADAI.

A prova de conceito está focada na avaliação do potencial ambiental da utilização de biocombustíveis de última geração no domínio da Defesa nacional, refere. Luís Serrano, que, na foto, posa com os restantes protagonistas da parceria – Paulo Carvalho e Rui Pedrosa, respetivamente, professor e presidente do IPLeiria, coronel João Vicente, comandante da Base Aérea n.º 5 e Carlos Baptista,
diretor comercial da PRIO – por ocasião da assinatura do protocolo, esclarece que o F-16 não participa na investigação. A icónica aeronave utiliza jet fuel, um combustível muito distinto do gasóleo ou biodiesel.

“Embora existam alguns estudos a serem feitos para substituição do combustível utilizado nas turbinas das aeronaves, nomeadamente através de combustíveis sintéticos, não está atualmente a ser pensada qualquer investigação nos F16 portugueses considerando o combustível utilizado”, adianta.

O protocolo de colaboração entre o Instituto Politécnico de Leiria, a Força Aérea e a empresa PRIO foi assinado em abril último em Monte Real. O Politécnico assume a responsabilidade pela monitorização dos resultados, em termos de emissões de gases de efeito de estufa e da resposta mecânica e de consumos.

A participação neste projeto permite à instituição liderada por Rui Pedrosa reforçar competências em projetos de investigação, desenvolvimento e inovação e experimentação, bem como aumentar o conhecimento na área dos biocombustíveis.

Segundo Luís Serrano, os resultados deverão ser apresentação no 1º Seminário do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, a realizar a 16 e 17 de setembro. No dia seguinte, durante a Base Aberta da Base Aérea N.º 5, as viaturas em causa irão circular pela área do evento e a PRIO e o Politécnico terão expositores alusivos. Mais um motivo de gaudio para o cidadão que acorrer a Monte Real para celebrar a força aérea nesse dia.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.