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Paris perdeu 1,5 milhões de turistas depois dos atentados

No ano passado, a capital francesa e a região envolvente perderam 4,7% de visitantes, a maior parte deles chineses e japoneses.
21 Fevereiro 2017, 10h57

Os atentados de 2015 continuam a deixar marcas na Cidade-Luz, e não se trata apenas de feridas por sarar nas recordações ou no luto pelos 130 mortos. A região de Paris tem perdido turistas, no período após os ataques terroristas.

No ano passado, a capital francesa e a região envolvente perderam 4,7% de visitantes, perfazendo uma queda de 1,5 milhões de turistas, segundo as contas da comissão regional do turismo, divulgadas esta terça-feira pelos meios de comunicação social. Em termos de custos financeiros, houve uma perda estimada em 1,3 milhões de euros.

Através da análise às 31 milhões de entradas nos hotéis em 2016, conclui-se que a descida no turismo foi mais acentuada no seio das visitas internacionais (menos 8,8%) e não tanto no número de turistas franceses, que se manteve-se praticamente estável (menos 0,8%).

Os viajantes oriundos da China recuaram 21,5%, com uma perda de 268 mil visitantes, seguindo-se do Japão (-41,2% ou menos 225 mil turistas), de Itália (-26,1% ou menos 215 mil turistas) e da Rússia (-27,6% ou menos 65 mil turistas).

A comissão regional do turismo estima que o impacto foi menor no mercado norte-americanos, o principal visitante de França, com uma perda de 100 mil visitantes em 2016, o que corresponde a um recuo de 4,9%.

Em julho do ano passado, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai, apelou aos turistas que exprimam a sua solidariedade para com a França, visitando o país e contrariando, assim, o terrorismo.

“Este é o momento para visitar a França”, afirmou Taleb Rafai aos jornalistas no Sri Lanka, à margem de uma conferência sobre o turismo. “Não é altura de fugir. Não podemos punir as vítimas e recompensar os agressores ao deixar de viajar para os lugares atingidos, porque é exatamente isso o que os terroristas querem”, sublinhou.

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