Ocupam espaço indevido, levam a acidentes e mesmo mortes. Os cidadãos parisienses vão poder votar se querem manter ou proibir a circulação de trotinetes na rua.
Por decisão da presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, os cidadãos vão votar em referendo o destino das trotinetes que circulam e ocupam espaço na capital francesa. Inicialmente, a autarca queria eliminar os veículos por completo mas no fim optou por dar a decisão final aos populares, remetendo a situação a votos.
“Vou respeitar o voto dos parisienses, mesmo que seja o contrário do que eu pretendia”, aponta Hidalgo. A votação será realizada no mês de abril.
Para Anne Higaldo, a proibição era imediata. Para a autarca, as trotinetes são perigosas, um foco de conflito e o número de acidentes tem vindo a crescer, com seis mil feridos e 22 mortes em 2021. Apesar de revelar que os serviços de mobilidade contribuem para a cidade, o valor e os acidentes acabam por não compensar o custo final.
Ao “Le Parisien”, Higaldo admitiu que as trotinetes são “extremamente divisavas”, uma vez que existem elogios à alternativa rápida e não poluente e outros desafiam as regras da estrada e as atiram para o rio Sena, gerando poluição.
As três empresas de trotinetes que operam em Paris – Lime, Dott e Tier – foram avisadas que a cidade não irá renovar a licença do serviço no mês de março. “Falta um código da estrada nas ruas [para as trotinetes] para dizer [aos utilizares] como se comportarem e de como a polícia tem de sancionar os infratores”, adiantou a autarca.
No total, Paris conta com um total de 15 mil trotinetes espalhadas pelas ruas. Por sua vez, as trotinetes pessoais não serão alvo de referendo.