[weglot_switcher]

Parlamento deverá impedir referendo de iniciativa popular à eutanásia

A menos de dez dias do Parlamento debater e votar os cinco projetos de lei, a Igreja Católica, através da Conferência Episcopal Portuguesa posiciona-se a favor de um referendo sobre a matéria, promovendo uma recolha de 60 mil assinaturas nas ruas. Apenas CDS-PP e o Chega admitem referendo.
12 Fevereiro 2020, 08h22

A despenalização da morte assistida, vulgo eutanásia, vai ser debatida na Assembleia da República, na próxima semana, contando com projetos de lei de Bloco de Esquerda, PAN, PS, ‘Os Verdes’ e a Iniciativa Liberal, que acreditam que não será preciso um referendo ao tema, dá conta o Público esta quarta-feira, 12 de fevereiro. Apenas CDS-PP e o Chega admitem apoiar a ideia de um referendo, enquanto o PSD tem “tudo em aberto”.

Não é a primeira vez que a eutanásia será debatida no Parlamento e, apesar de maioria dos partidos não ter o tema inscrito nos respetivos programas eleitorais de 2019, os mesmos recusam entraves aos trabalhos parlamentares. Isto, porque está em curso uma recolha de 60 mil assinaturas para levar o tema a referendo, uma iniciativa popular promovida pela Igreja.

A menos de dez dias de o Parlamento debater e votar os cinco projetos de lei, a Igreja Católica, através da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) posiciona-se a favor de um referendo sobre a matéria. Por isso desde sexta-feira, 7 de fevereiro, que a Igreja recolhe assinaturas entre padres e fiéis para levar a eutanásia a referendo, apostando numa campanha pelo “não” à despenalização da morte assistida”.

“A Igreja não podia ficar passiva perante o que está a acontecer e, nesta fase, entendemos que um referendo é uma das formas de lutar contra a despenalização da eutanásia. Depois, será um passo de cada vez”, afirmou o padre Manuel Barbosa, citado pelo Público.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.