A despenalização da morte assistida, vulgo eutanásia, vai ser debatida na Assembleia da República, na próxima semana, contando com projetos de lei de Bloco de Esquerda, PAN, PS, ‘Os Verdes’ e a Iniciativa Liberal, que acreditam que não será preciso um referendo ao tema, dá conta o Público esta quarta-feira, 12 de fevereiro. Apenas CDS-PP e o Chega admitem apoiar a ideia de um referendo, enquanto o PSD tem “tudo em aberto”.
Não é a primeira vez que a eutanásia será debatida no Parlamento e, apesar de maioria dos partidos não ter o tema inscrito nos respetivos programas eleitorais de 2019, os mesmos recusam entraves aos trabalhos parlamentares. Isto, porque está em curso uma recolha de 60 mil assinaturas para levar o tema a referendo, uma iniciativa popular promovida pela Igreja.
A menos de dez dias de o Parlamento debater e votar os cinco projetos de lei, a Igreja Católica, através da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) posiciona-se a favor de um referendo sobre a matéria. Por isso desde sexta-feira, 7 de fevereiro, que a Igreja recolhe assinaturas entre padres e fiéis para levar a eutanásia a referendo, apostando numa campanha pelo “não” à despenalização da morte assistida”.
“A Igreja não podia ficar passiva perante o que está a acontecer e, nesta fase, entendemos que um referendo é uma das formas de lutar contra a despenalização da eutanásia. Depois, será um passo de cada vez”, afirmou o padre Manuel Barbosa, citado pelo Público.
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