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Partido Conservador frustrado com atrasos nas negociações do Brexit

O ministro das Finanças, Philip Hammond, garante a primeira-ministra está a pressionar o desbloqueio das negociações, mas dentro do partido há quem já não queira Theresa May a liderar o Brexit.
2 Outubro 2017, 08h34

Vários deputados do Partido Conservador, liderado pela primeira-ministra, Theresa May, estão frustrados com o ritmo lento das negociações da saída do Reino Unido da União Europeia. O ministro das Finanças, Philip Hammond, garante a primeira-ministra está a pressionar o desbloqueio das negociações, mas dentro do partido há quem já não queira Theresa May a liderar o Brexit.

“Estamos todos frustrados com o progresso lento que fizemos nos últimos meses com as negociações da União Europeia”, afirmou Philip Hammond. “Por isso, a primeira-ministra foi a Florença [Itália] há dez dias e fez um discurso-chave que foi projetado especificamente para desencadear o desbloqueio nas negociações e movê-las para a frente”.

Uma sondagem da YouGov mostra que, dentro do partido conservador, apenas 29% dos deputados acredita que a primeira-ministra britânica, Theresa May, tem condições para se recandidatar ao número 10 de Downing Street.

A sondagem mostra que 13% dos conservadores defendem que Theresa May deve abandonar o cargo já no próximo ano. Mais de um terço dos membros do Partido Conservador considera que a primeira-ministra deveria renunciar apenas depois de as negociações com Bruxelas estarem concluídas e a saída do Reino Unido da União Europeia ser considerada como certa, o que se prevê que aconteça em março de 2019. Outros 13% pedem a demissão da primeira-ministra antes das eleições legislativas agendadas para 2022.

Entre os favoritos a suceder à líder conservadora está Boris Johnson, que desde cedo se destacou pelo seu forte apoio ao Brexit. Boris Johnson aparece na sondagem a liderar a uma boa margem de distância, com 23% das intenções de voto.

Por outro lado, as ruas da capital britânica encheram-se este domingo com vários protestantes contra a saída do Reino Unido da União Europeia e as políticas de austeridade implementadas no país. “Queremos dizer a Theresa May e Boris Johnson que não somos cidadãos de nenhuma parte, mas pessoas orgulhosas de sermos britânicos e europeus”, afirmou Vince Cable, líder do Partido Liberal-Democrata.

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