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Partidos políticos satisfeitos com detenção de João Rendeiro após três meses de fuga

Iniciativa Liberal, Chega, Bloco de Esquerda e PCP foram os partidos políticos que já se manifestaram após a detenção de João Rendeiro em África do Sul.
11 Dezembro 2021, 21h31

Os partidos políticos nacionais manifestaram este sábado, 11 de dezembro, a satisfação da detenção do ex-presidente do Banco Privado Português (BPP), elogiando o trabalho desenvolvido pela Polícia Judiciária português ao longo dos últimos três meses

A Iniciativa Liberal foi o primeiro partido a manifestar-se após o anúncio de detenção do fugitivo da justiça portuguesa João Rendeiro. João Cotrim Figueiredo evidenciou o “dia bom para a justiça portuguesa”.

“Já sabia que hoje ia ser um dia bom para o liberalismo e fiquei a saber também que é um dia bom para a justiça portuguesa”, disse Cotrim Figueiredo antes da VI Convenção Nacional da Iniciativa Liberal.

“Aquilo que João Rendeiro fez, quer enquanto gestor do BPP e os crimes que aí cometeu, quer a forma como usou manobras dilatórias durante todo o seu processo, quer depois a forma absolutamente inadmissível como tentou brincar com os portugueses fugindo à justiça e dando estas indicações de ser inimputável, acho que é um dia bom quando se sabe que acabou de ser detido”, considerou o deputado.

Cotrim Figueiredo acrescentou mesmo que, na sua opinião, Rendeiro vai ser extraditado para Portugal e cumprir a pena “quer dos casos que já transitaram em julgado, quer dos outros que ainda não transitaram em julgado, e eventualmente outros ainda que possam ter a ver com esta evasão que protagonizou”.

Também André Ventura elogiou o trabalho da Polícia Judiciária na detenção conjunta com a polícia sul-africana e elementos da Interpol. “A detenção de João Rendeiro na África do Sul valoriza extraordinariamente o trabalho da nossa PJ, que está de parabéns pelo trabalho intenso, silencioso e extremamente eficaz”.

O Chega notou a importância de Rendeiro enfrentar a justiça portuguesa e deste cumprir o tempo de prisão que lhe foi decretado, ou seja, os cinco anos e oito meses. André Ventura disse mesmo que este caso, em específico, realça a importância “do reforço de meios da PJ no combate ao crime económico”.

Seguiu-se então o elogio da bloquista Catarina Martins. A coordenadora do Bloco de Esquerda, na apresentação do cabeça de lista para o círculo eleitoral de Faro, notou que “a PJ fez o seu trabalho” e que hoje “é dia de saudar a polícia e a forma como faz o seu trabalho”.

No entanto, Catarina Martins considerou que os deputados presentes na Assembleia da República também têm de fazer o seu. “O Parlamento também tem de fazer o seu [trabalho], porque se João Rendeiro estava num resort de luxo é porque tinha contas offshore que lhe permitiram fugir. Estas fugas, a fuga do dinheiro, essa também tem de ser combatida”.

O Partido Comunista Português, pela voz do presidente do grupo parlamentar João Oliveira, optou por elogiar a competência das autoridades nacionais. “O PCP quer destacar a forma competente com que a PJ cumpre a sua missão. A dimensão mediática deste caso torna essa conclusão mais evidente”, apontou João Oliveira.

No entanto, o presidente do grupo parlamentar notou que “a verdade é que é essa intervenção competente, qualificada e empenhada da PJ que permite diariamente e em casos menos mediáticos superar até as dificuldades resultantes da falta de meios e de condições de combate à criminalidade económica e financeira e à corrupção”.

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