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“Building The Future”. Partner da Bain diz que “serão as empresas” a ganhar com digitalização da economia

O partner  e director da consultora de origem norte-americana Bain & Company, João Soares, foi um foi um dos gestores presentes no Building The Future, evento de tecnologia promovido pela Microsoft, e afirmou que “mais do que setores, serão as empresas” as grandes beneficiárias da concretização da transição digital em Portugal.
29 Janeiro 2020, 07h50

O partner  e director da consultora de origem norte-americana Bain & Company, João Soares, foi um foi um dos gestores presentes no Building The Future, evento de tecnologia promovido pela Microsoft, e em declarações ao Jornal Económico afirmou que “mais do que setores, serão as empresas” as grandes beneficiárias da concretização da transição digital em Portugal.

“A grande vitoria vai para as empresas que se prepararam melhor e que perceberam que é em torno à experiência de cliente e não em fazer apenas uma aplicação móvel. É muito fácil dizer que o digital é ter uma app no telemóvel. Isso não é digital. O digital é mudar a forma como o cliente e fornecedores interagem com uma empresa e conseguir que essa experiência seja melhor, o custo seja mais baixo e que em todo esse ecossistema consigamos fazer a batalha melhor que os nossos concorrentes”, afirmou à margem do evento que arrancou na terça-feira, 28 de janeiro, e termina esta quarta-feira, 29 de janeiro.

Quando se fala de transição digital, de digitalização ou inovação na economia ou num contexto empresarial há um peso positivo da transformação. Mas também haverá um preço a pagar? O consultor português explicou que há todo um processo de mudança em curso no que respeita à digitalização da economia e que, tratando-se de um “esforço de mudança necessário”, tal não é um obstáculo à transição digital.

“Há também um esforço de investimento associado e um esforço de requalificação das pessoas. Todos esses esforços têm o beneficio enorme para as empresas e para as pessoas”, acrescentou.

Já traduzir esse esforço numa verba a ser custeada pela economia quanto à transição digital vai “depender  muito também das empresas e das pessoas”.

Para João Soares, o conceito de transição digital não é uma novidade. A última fez que o consultor esteve envolvido num projeto que não incluísse o conceito de transição digital foi em 2009 e, por isso, o português acredita que o conceito já está em fase de “reinvenção”.

Como é que essa reinvenção acontece? “Hoje em dia toda esta transformação que nós continuamos a chamar digital, mas começa a ser um chavão muito grande para abranger uma série de temas para saber como é que cada empresa serve as necessidades dos seus clientes, de uma forma que compreenda como é que o customer episode e o transforme, reduzindo quer a carga de esforço para o cliente quer a carga de custo para a empresa”, respondeu.

Essa resposta às necessidades do cliente traduz-se numa melhor experiência do consumidor e na criação de uma lealdade entre cliente e empresa. Tudo com o estímulo da digitalização do ecossistema empresarial.

“O que se demonstra analiticamente é que quanto maior a lealdade de um cliente maior é a propensão desse cliente comprar mais produtos connosco”, adiantou.

Essa lealdade pode suportada por uma digitalização de processos entre cliente e empresa pode traduzir-se no sucesso de uma empresa, segundo João Soares. “A melhor métrica de determinação de um crescimento futuro de uma empresa é essa lealdade do cliente, que hoje em dia se consegue medir e atuar de uma forma digital”, disse.

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