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Passos Coelho diz que PSD terá candidato próprio a Lisboa

Este sábado, o presidente do PSD garantiu que a candidatura dos sociais-democratas será apresentada “na altura certa” e sem coligação com o CDS.
  • Cristina Bernardo
14 Janeiro 2017, 21h47

No jantar alusivo ao Dia de Reis, organizado pela Comissão Política da Covilhã, Pedro Passos Coelho afirmou que “em muitos municípios concorremos coligados há outros em que não houve coligação”. “É o caso de Lisboa, um município onde não há coligação e o PSD não deixará de apresentar a sua candidatura à capital de distrito”, realçou o dirigente social-democrata.

Questionado sobre as autárquicas e o caso particular de Lisboa, o líder do PSD lembrou que apesar da “relação preferencial com o CDS” a candidatura de Assunção Cristas não nasceu de um entendimento com o PSD, pelo que também este partido terá candidato próprio, conforme indicou a agência Lusa.

“O PSD apresentará a seu tempo a sua candidatura também para Lisboa”, salientou, vincando que o partido “continua empenhado em fazer escolhas boas”.

Novo Banco: “não” à nacionalização

Pedro Passos Coelho reiterou ainda que o PSD “não subscreve um processo de nacionalização para o novo banco” e lembrou o país já tem um banco público, o qual considera que não tem sido bem tratado pelo Governo. “Sinónimo disso é termos entrado o novo ano com a administração da Caixa Geral de Depósitos em aberto”, disse.

Segundo referiu, o PSD também não alterará o posicionamento já tornado público relativamente à Taxa Social Única (TSU) e considerou ainda que há “desentendimentos na maioria” no que concerne a essa matéria.

“A maioria é que está desentendida quanto à TSU. O PSD não faz parte do Governo não esteve a fazer negociações. É uma matéria a que o PSD é alheio, não temos rigorosamente nada a ver com os compromissos que o Governo e a maioria estabeleceram nessa matéria. O PSD já disse o que tinha a dizer”, afirmou.

A medida está prevista no acordo de concertação social, que consagrou o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), mas tanto o Bloco de Esquerda como o PCP admitiram levá-la ao Parlamento, caso o Governo insista na redução da TSU para as empresas como forma de compensá-las pelo aumento do SMN.

O presidente do PSD advertiu na sexta-feira o PS para não contar com o seu voto caso os partidos que completam a maioria de esquerda peçam a apreciação parlamentar do diploma que reduz a TSU das empresas.

Ao discursar num jantar organizado pela distrital social-democrata do Algarve, Pedro Passos Coelho disse que a opção do Executivo vem tornar regra uma medida que o anterior Governo PSD/CDS-PP adotou de forma temporária, em vez de seguir a solução preconizada pelos sociais-democratas de fazer depender os aumentos do salário mínimo da produtividade das empresas.

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