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Passos Coelho incita Governo a emitir dívida a prazos mais longos

O ex-primeiro-ministro defende ainda que, se sobrasse dinheiro, esse devia ser investido em operações de recompra de títulos portugueses e assegura que era isso que faria se ainda estivesse no Governo.
  • Foto: Cristina Bernardo
4 Junho 2017, 14h32

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, desafiou este domingo o Executivo de António Costa a emitir dívida com prazos mais longos, de forma a convencer as agência de rating a melhorar a avaliação de Portugal. O ex-primeiro-ministro defende ainda que, se sobrasse dinheiro, esse devia ser investido em operações de recompra de títulos portugueses e assegura que era isso que faria se ainda estivesse no Governo.

Durante a apresentação oficial da candidatura de Hermenegildo Costa à Câmara de Viana do Castelo, Passos Coelho disse estar “convencido que se o Governo seguir esta linha, talvez em setembro não haja uma mudança do rating mas talvez em setembro, possam dar a indicação de que essa mudança possa vir a ser feita mais rapidamente”.

Em vez disso, o líder social-democrata apela ao Governo “acabar com a retórica de que é preciso que as agências de rating melhorem o rating, fazer alguma coisa para que isso aconteça. Em vez de ficar só a falar do assunto que faça qualquer coisa que ajude a que isso aconteça”.

“Se estivesse, hoje no Governo estava a dar orientações para que se emitisse a prazos mais longos porque isso dá mais confiança aos mercados, por um lado, e dá um melhor perfil para a própria dívida portuguesa, poupa-nos dinheiro para futuro. Pode não dar para fazer o bonito, este ano mas é melhor para futuro. Com uma parte desse dinheiro recomprava títulos de dívida portuguesa, ajudando a baixar ainda mais o custo da própria divida”, sustentou.

Passos Coelho explica que “o objetivo é substituir dívida que já existe, que é mais cara, por outra mais barata, pela qual vamos ter mais tempo para pagar”, e insiste na emissão de dívida a 15 anos.

“Se ainda assim ficar lá dinheiro a aumentar os depósitos que temos da dívida, que usem esse dinheiro para comprar títulos portugueses. São operações de recompra de títulos portugueses”, reforçou.

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