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Passos: “Não sei se este Orçamento é de esquerda ou de outra coisa qualquer”

O ex-primeiro-ministro critica a estratégia do atual executivo e adianta que vai apresentar propostas, ao contrário do que aconteceu no ano passado.
  • Rafael Marchante/Reuters
21 Outubro 2016, 09h03

Em entrevista ao jornal “Público”, esta sexta-feira, Pedro Passos Coelho considera que, apesar de aparentemente cumprir os objetivos de redução do défice, o Orçamento do Estado para 2017 é “mau” e assegura que o PSD vai tomar posição em temas “estruturantes”.

“Eu não sei se este Orçamento é de esquerda ou é de outra coisa qualquer, agora é um mau Orçamento, porque não basta reduzir o défice para ter um bom Orçamento”, afirma o dirigente social-democrata.

Pedro Passos Colho assegura que, esta sexta-feira, o PSD vai definir a sua posição em relação ao Orçamento. A esse propósito, o líder social-democrata não deixa de parte a hipótese de definir “com clareza” o espaço que tem para apresentação de propostas, mas garante que o o partido não vai entrar na “mercearia eleitoral”.

“Não excluo essa possibilidade, embora muito coerentemente exclua que o PSD entre naquilo a que se chama a mercearia eleitoral. Portanto, não vamos andar a fazer propostas avulsas, sobe aqui, desce ali”, diz o antigo primeiro-ministro.

Aos jornalistas do “Público”, o líder social-democrata criticou a estratégia do atual governo, que diz não corresponderem às estimativas do próprio executivo. “O país não está a crescer e não vai crescer mais”, acrescenta Pedro Passos Coelho.

Quanto às declarações de Maria Luís Albuquerque sobre o Orçamento trazer um aumento generalizado de impostos e ser de sobrevivência política do Governo, Pedro Passos Coelho refere que tomou muitas medidas, “para que as contas públicas melhorassem”, que não estavam a responder à preocupação da sobrevivência do Governo, mas em garantir que as metas fossem atingidas. “É isso que a Dra. Maria Luís Albuquerque quer significar”, sublinha.

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