O Governo recusa baixar o salário do futuro presidente da Caixa Geral de Depósitos. A garantia foi avançada ao JN, por fonte do Executivo.
PCP e BE queriam nivelar por baixo o vencimento dos gestores do banco público, mas a regra adotada, explicou a mesma fonte, é para manter e os salários vão continuar a ser resultado da mediana entre o salário mais alto e o salário mais baixo dos gestores concorrentes.
Há três meses, quando a nova equipa assumiu a gestão da CGD, o vencimento do presidente que agora pediu demissão por sentir-se vítima de “demagogia populista” dobrou: passou de cerca de 200 mil euros para mais de 400 mil/ano. Somando o dos 11 administradores, o custo é de 2,5 milhões de euros.
O PS fica completamente isolado na decisão de manter estes montantes, uma vez que os partidos de Direita e o presidente da República também já manifestaram o seu desacordo. Mas o dirigente socialista repete o argumento usado em Outubro: “Não vamos arriscar ter uma má gestão praticando salários baixos”.
Recorde-se que António Domingues renunciou ao cargo de administrador da CGD, depois de uma polémica sobre os salários dos novos administradores e a obrigação de mostrarem as suas declarações de rendimentos e património.