O eurodeputado Paulo Rangel criticou o Partido Socialista (PS) por “encher a boca” com questões europeias mas governar no país com dois partidos eurocéticos. O advogado foi um dos oradores no Congresso do Partido Social-Democrata (PSD) este sábado, 17 de fevereiro, e focou o seu discurso na Europa e na União Europeia.
Paulo Rangel desejou o “maior sucesso” ao novo presidente social-democrata e frisou que, enquanto militante, dirigente local e nacional que é, Rui Rio pode contar com o seu “total empenho”. Além das palavras de ‘força’ ao recém-eleito dirigente, agradeceu a Pedro Santana Lopes e ao ex-autarca do Porto pelo “sentido de unidade”.
“Este não é o momento não é o tempo para batalhas virtuais e mapas astrais. As batalhas que temos pela frente são bem reais. Neste contra-relógio, amigos e companheiros, não há espaço nem tempo para as lutas virtuais”, afirmou. “O PS enche a boca com a Europa mas governa em Portugal com dois partidos profundamente antieuropeus, em Bruxelas votam sistematicamente ao lado dos populistas (…) É pela boca que morre o peixe”, argumentou o representante social-democrata.
O eurodeputado criticou o Executivo por “falhar” em matérias como a dos lugares para o Parlamento Europeu e denunciou que “as ideias europeias do PS quando são boas não são originais e quando são originais não são boas”.
“O Governo Costa não hesitou em inventar e em mentir, lançando para título de um jornal a autoria de um pacote de reformas nas receitas comunitárias, mas omitindo que estas ideias estão estudadas há muitos anos e já estão lançadas como propostas da Comissão e do Parlamento. Porque é que o primeiro ministro reclama para si a autoria de uma coisa que não é sua?”, sublinhou Paulo Rangel, à margem da sua intervenção no Centro de Congressos de Lisboa.
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